Mesmo com veto de Ceni, entendimento é que arrecadação será maior na arena do Palmeiras
O São Paulo recusou uma primeira investida de empresários que ofereceram ao clube do Morumbi o uso da Arena Mané Garrincha, em Brasília (DF), para jogar as quartas de final do Campeonato Paulista contra o Água Santa, em confronto marcado para a próxima segunda-feira (13), às 20h (de Brasília), no Allianz Parque.
O LANCE! apurou que intermediários procuraram a diretoria do Tricolor dispostos a bancar os custos de transporte e hospedagem, além de cachê, para o clube e seus adversários na fase de mata-mata do Estadual.
Houve uma consulta prévia feita ao técnico Rogério Ceni sobre o assunto. E a oferta foi prontamente recusada. Na avaliação dos dirigentes e comissão técnica, o desgaste pela viagem à capital federal não valeria a pena. Fora que há entendimento de que a arrecadação será ainda maior para o Tricolor atuando na Grande São Paulo.
A casa tricolor ficará interditada entre os dias 10 e 18 de março para uma série de seis shows da banda britânica de pop-rock Coldplay.
Até por causa disso, o São Paulo acertou uma parceria com o rival Palmeiras. Liberou o seu estádio para o time alviverde jogar contra o Santos, no início de fevereiro, e em troca usaria o Allianz Parque nos duelos decisivos do Paulistão durante os concertos musicais.
Segundo a tabela definitiva da FPF (Federação Paulista de Futebol), as quartas do Estadual estão agendadas para acontecer no final de semana do dia 12 de março (domingo). As semifinais ocorrem uma semana depois. Ambas as fases eliminatórias serão em jogo único.
Por ter terminado na terceira colocação geral do Paulistão, o Tricolor faz um hipotético jogo da semifinal como mandante.
Depois de levantar dúvidas na semana passada sobre onde o São Paulo jogaria, desta vez, após a vitória sobre o Botafogo-SP, o técnico Rogério Ceni praticamente assegurou que, com falta de opções melhores, deve atuar mesmo na arena do rival Palmeiras.
– O que tem a melhor condição, mesmo não sendo grama natural, é do Palmeiras. Parece que é um acordo da direção, não tenho a exata certeza nem de data nem local. É um estádio confortável, com boa capacidade de público. Não temos muitas opções em São Paulo – apontou Ceni.
A grama sintética da casa alviverde é visto como o maior empecilho para que Ceni aceite atuar no campo de um rival. Preocupado, o treinador havia revelado que o clube buscava opções além da arena. E que o acordo acertado entre as diretorias prevê um treino do Tricolor em solo inimigo para ambientação.
Segundo as falas do treinador, o São Paulo até foi atrás de uma alternativa. Mas não encontrou um cenário favorável.
– O Corinthians não vai ceder o estádio pra gente jogar, o Palmeiras, pelo acordo, é uma possibilidade, e os outros são de menor capacidade, com gramados em pior condição. Se a direção escolher jogar no Allianz Parque, se o Palmeiras ceder, acho que deveria ser lá – disse Ceni.
Na atual temporada do futebol paulista, somente a Portuguesa, que se livrou do rebaixamento na última rodada da fase de grupos, ‘vendeu o mando’: empatou sem gols com o Corinthians no estádio de Brasília.