Fila brasileiro nascido em 2020 é companheiro até de exercícios de pré-temporada do argentino; cão, hoje distante, manda até “recados” pelas redes sociais
Globo Esporte
Família, amigos e Kobe. Não necessariamente nesta ordem, esses são os motivos da saudade de Galoppo da Argentina, país em que nasceu, cresceu e deixou para jogar no São Paulo. Deste trio, o cachorro Kobe é o grande destaque, pelo menos nas redes sociais e (às vezes) no coração do artilheiro tricolor no Campeonato Paulista.
Kobe é um fila brasileiro de dois anos (faz três em abril) brincalhão e bem ativo. É o xodó de Galoppo, que tem o amigo canino como um companheiro até para corridas na pré-temporada.
– Sinto saudades do Kobe, às vezes mais do que da minha família quase (risos). Estou acostumado a ficar longe da minha família, quando estava na Argentina, estava longe. Mas do cachorro eu não estou acostumado, porque não ficamos longe na pandemia, estávamos juntos todos os dias. Sinto falta – comentou, em papo com o ge.
Os vídeos e fotos de Kobe são devidamente registrados em uma conta no Instagram dedicada ao cão (kobe_kbg), cuidada pela irmã mais jovem do meia são-paulino, Milagros.
É por ali que Galoppo busca contato, já que o meia não vê o companheiro na metrópole, sem o espaço verde em que pode correr na cidade de Rafaela, cidade a 500 km de Buenos Aires.
– Ele é muito grande para ficar na cidade. É melhor estar lá na Argentina mesmo, tem muito espaço para passear, correr e tudo mais – comentou Galoppo, que mira a próxima folga estendida para pegar o avião rumo aos braços (no caso, patas) de Kobe.
– Ainda não voltei depois de dezembro. Quando tiver uns três ou quatro dias de folga, com certeza irei (risos) – comentou.
Kobe foi adotado pelo meia-atacante são-paulino no meio da pandemia e foi batizado em homenagem à lenda do basquete Kobe Bryant.
Quando o cachorro foi adotado, Galoppo estava lendo um livro com a filosofia de trabalho do antigo atleta americano, que morreu em acidente de helicóptero no início de 2020.
Na hora de escolher o nome, Galoppo não teve dúvida: era hora de homenagear o ídolo, um exemplo que carrega para a carreira em questões como meditação e preparação citadas na “mentalidade mamba”.
Apesar das saudades, Galoppo espera que a folga longa demore a acontecer, já que o São Paulo entra a partir de segunda-feira na briga direta pelo título do Paulistão.
Segunda, às 20h (de Brasília), o Tricolor recebe o Água Santa, no Allianz Parque, pela fase quartas de final. Caso avance, disputa a semifinal da competição que conquistou pela última vez em 2021.
