Ceni foge de tema sobre apoio da diretoria e fala do elenco: ‘me respaldam’

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Rogério Ceni, técnico do São Paulo, durante a partida contra a Puerto Cabello, pela Sul-Americana Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Rogério Ceni desconversou sobre ter respaldo da diretoria do São Paulo e falou do elenco.

Apoio dos jogadores: “Me sinto respaldado por eles todos os dias. Trabalho por eles. Jogo sempre para vencer, nem sempre isso acontece.”

Fica ou sai? “Não sei, é uma pergunta que não pode ser feita para mim. Eu trabalho todos os dias tentando extrair o melhor de cada um. Trabalho com o que eu gosto e sou feliz com o que escolhi. A pergunta não cabe a mim, cabe à direção”.

Empregado, não empregador. “Os últimos dias são iguais aos primeiros: trabalho do mesmo jeito. Não posso responder [sobre futuro], até gostaria, facilitaria bastante. Sou extremamente feliz e gosto de trabalhar com eles. Sou empregado, não empregador, não posso responder pelo patrão.”

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Ceni respira diante de pressões

Rogério Ceni está sendo pressionado no cargo, mas conseguiu certo alívio após a vitória por 2 a 0 sobre a Puerto Cabello, pela Sul-Americana.

PVC, colunista do UOL, apurou que Ceni poderia ser demitido até em caso de triunfo no torneio. A soma de atuações apagadas da equipe com o comportamento do treinador haviam feito com que uma eventual demissão entrasse em pauta.

Ceni chegou a ser bancado pela diretoria após a eliminação precoce no Paulista, em março, a crise gerada pela briga com Marcos Paulo. Cerca de um mês depois, o jogador marcou o primeiro gol do São Paulo e recebeu um abraço do técnico no gramado.

O ídolo são-paulino está em sua segunda passagem pelo clube e ainda não conquistou títulos como treinador. Ele assumiu o cargo pela primeira em 2017 e retornou ao comando do Tricolor em outubro de 2021.

O que mais Ceni disse

Fim de paciência da organizada: “Compreendo, pela história vivida aqui dentro, a necessidade de resultados. Entendo perfeitamente o manifesto, trabalhei 28 anos aqui, sei como funciona. Acho que os jogadores entregam o melhor que podem, e faço o meu melhor todo dia.”

Pato vem? “Não sou eu que assino, se o presidente quiser contratar o Pato, é lógico… Não sou eu que defino se vai contratar ou não.”

Responsabilidade do treinador: “Tenho responsabilidade em tudo. A responsabilidade de chegar em duas finais e uma semi no ano passado era de quem? Porque quando perde, é do treinador, mas as pessoas acham que o ano passado foi ruim porque não venceu. ‘Ah, mas não jogou bem a final’. Aí é o copo meio cheio ou meio vazio. Alguém tem que perder, um sai vencedor.

Relacionamento com grupo: “O mais importante para mim é saber que os caras que trabalho todos os dias gostam do trabalho. Me dou bem com todos, cobro todos em campo. O carinho e a amizade que tenho por todos fogem do ambiente de trabalho.”

Apoio dos jogadores: “Me sinto respaldado por eles todos os dias. Trabalho por eles. Jogo sempre para vencer, nem sempre isso acontece.”

Calleri ter dedicado gol a ele: “O Calleri é meu capitão, um cara exemplar, uma figura a ser seguida pela dedicação, pela capacidade de entrega. Ele retrata tudo aquilo que o torcedor gostaria de ver em seus jogadores, como muitos aqui, que têm como principal característica a alma e o coração.”

Briga com Marcos Paulo: “O Marcos, eu falei, o problema foi uma postagem que ele fez. Eu conversei no meio de todos os jogadores dentro de campo, porque a postagem foi pública. E fico muito feliz que ele tenha feito gol.”

Bom menino: “Foi premiado com o gol hoje e tenho certeza que vai ter… Ele é bom menino, não é mau menino. Às vezes [é] influenciado por um ou outro que tem um desvio de conduta, mas ele não é mau menino, não. É um bom menino. Fico feliz por ele.”

UOL