Presidente do São Paulo diz: “Ou formamos a liga ou seremos julgados como incompetentes”

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Na Sports Summit, Julio Casares diz que tempo é adversário para união de clubes, hoje divididos em dois grupos diferentes; dirigentes veem aproximação

Para o presidente do São Paulo, Julio Casares, a oportunidade atual de criação de uma liga brasileira de futebol é única, mas com o tempo como adversário para a concretização de uma união dos clubes, hoje divididos em dois grupos.

A criação de uma liga principal foi assunto do painel que juntou dirigentes de cinco clubes da Série A na Sports Summit, evento que ocorre nesta semana em São Paulo. Além de Casares, participaram Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, Guilherme Bellintani, do Bahia, Luiz André Mello, CEO do Vasco, e Gabriel Lima, CEO do Cruzeiro.

– O futuro do futebol é a formação de uma liga. Ou formamos a liga ou mais tarde seremos julgados por cartolas incompetentes – disse Casares nesta quarta-feira.

Ele pede uma solução breve para reunir os principais clubes, hoje divididos entre a Libra (Liga Brasileira) e do Forte Futebol.

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Julio Casares, presidente do São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

– Chegamos um ponto que o tempo corre contra, sabemos disso. O dinheiro está na mesa, o investidor está na mesa, e todos queremos a mesma coisa, se não fizermos é porque não fomos competentes na equação das diferenças. Temos que ter um limite e chegamos próximo disso. O tempo trabalha contra a profissionalização do futebol – completou o dirigente do São Paulo, membro da Libra.

– Todo mundo quer a liga. Estamos caminhando para achar o modelo ideal. Estamos em convergência, falta pouco. Estamos no caminho para juntar todo mundo, dar esse passo, fazer com que o futebol brasileiro cresça – afirmou Marcelo Paz, do Fortaleza, que é parte do Forte Futebol.

O principal debate é na divisão das receitas entre os clubes dessa futura liga, com modelos diferentes defendidos por cada grupo.

– Havia um bloco de clubes, os de maior poder econômico, que gostariam que o modelo futuro fosse o mais próximo do atual, de maior diferença entre o primeiro e o último. Havia outro grupo que defendia um modelo mais linear, de menor diferença. Essa diferença está muito próxima de ser superada. Chegamos a um caminho de bom senso no modelo de divisão dos recursos – disse Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, outro clube da Libra.

– Há outros temas que não são principais, mas que representam desafios. Se eu pudesse matematizar os desafios, de 0 a 10, talvez a gente já tenha andado a sete ou oito. Esses dois ou três (pontos restantes) aparentam curta distância, mas se não chegarmos a um bom senso, esses dois ou três não vão ser alcançados – completou o dirigente baiano.

Globo Esporte