São Paulo ‘perde’ porcentagem de seis promessas de Cotia; só outras seis são 100% do Tricolor

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Tricolor só ficaria com dinheiro na íntegra de uma eventual venda com seis atletas

Promovido da base em 2022, Pablo Maia ganhou parte de seus direitos (Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC)

Saída encontrada pelos clubes para conseguir a renovação contratual com suas principais promessas das categorias de base, a cessão de parte dos direitos federativos aos atletas e seus estafes aumentou no São Paulo no ano passado.

Pelo menos é o que revela o balanço patrimonial do clube do Morumbi, divulgado na última quinta-feira (26).

Na comparação com os resultados de 2021, quando 11 jogadores vindos de Cotia ou que foram integrados ou pelos passaram a treinar com o profissional tinham 100% de seus direitos econômicos ligados ao São Paulo, o ano passado fechou com apenas seis atletas cuja venda gerará lucro total ao clube.

O atacante Drummond, o meia Eduardo Brito, o volante Luan, o lateral-esquerdo Welington, o atacante Talles Wander e o goleiro Young são os únicos que atualmente possuem 100% de seus direitos pertencentes ao Tricolor.

Os outros seis casos de 2021 são justamente os atletas dos quais o clube perdeu alguma porcentagem. A maioria deles durante tratativas para renovação contratual.

São seis casos: o goleiro Leandro, o volante Léo Silva, o meia Pablo Maia, o meia-atacante Palmberg, o lateral-esquerdo Patryck e o zagueiro Ythallo.

Desses, o maior destaque é Pablo Maia. Promovido por Rogério Ceni aos profissionais após a Copa São Paulo de 2022, tem status de titular absoluto com Dorival Júnior e vem sendo assediado pelo futebol inglês. É um forte candidato a venda na principal janela europeia do meio deste ano.

A lista do balanço revela ainda uma situação inusitada. O atacante Juan, atualmente habitante usual do banco de reservas, pertencia apenas 20% ao São Paulo em 2021. No final do ano passado, contudo, o Tricolor aumentou para 60% a sua fatia nos direitos do jogador.

Conforme explicou o diretor de futebol Carlos Belmonte, em entrevista ao canal ‘Arnaldo e Tironi‘, em março de 2021, a atual gestão tinha como meta não ceder aos jogadores porcentagens de seus direitos nas renovações. Mas o próprio dirigente entendia que não seria possível a política em alguns casos.

– O São Paulo não dá percentual de jogadores na base para o próprio jogador ou agente. Essa é uma posição do São Paulo. Nós queremos que o jogador chegue ao time de cima sendo 100% do São Paulo. Obviamente, nas negociações de renovação de contrato podem ocorrer outras situações. Podem, mas ainda não ocorreram. Os jogadores que subiram continuam sendo 100% nossos, mas, sim, podemos, em algum momento, negociar.

Percentuais de direitos econômicos das revelações do São Paulo em 2022

(em parênteses quanto era em 2021)

Brian – 90% (90%)
Caio Matheus – 90% (90%)
Cauã Lucca – 90%
César Augusto – 80%
Deivid Santos – 90% (90%)
Diego Costa – 80% (80%)
Drummond – 100% (100%)
Eduardo Brito – 100%
Enzo Boer – 90% (90%)
Enzo Perroni – 90% (90%)
Felipe Negrucci – 90% (90%)
Gabriel Falcão – 90% (90%)
Gabriel Maioli – 90% (90%)
Gabriel Stevanato – 60% (60%)
Guilherme Amaral – 70%
Guilherme Paz – 90% (90%)
João Adriano – 90% (90%)
João Douglas – 90%
João Gabriel – 90%
Juan – 60% (20%)
Leandro Mathias – 70% (100%)
Léo Silva – 90% (100%)
Lorenzo Pigatto – 80% (80%)
Luan – 100% (100%)
Lucas Beraldo – 60% (60%)
Lucas Inácio – 60% (60%)
Luiz Henrique – 90% (90%)
Maik – 90% (90%)
Mateus Amaral – 90% (90%)
Matheus Belém – 90% (90%)
Moreira – 90% (90%)
Nathan – 90% (90%)
Néwerton – 87% (87%)
Pablo Maia – 85% (100%)
Palmberg – 90% (100%)
Patryck – 85% (100%)
Paulo – 90%
Pedro Andrade – 90% (90%)
Pedrinho Vilhena – 90% (90%)
Raphael – 90% (90%)
Roberto – 90%
Rodrigo Nestor – 85% (85%)
Rodriguinho – 90% (90%)
Talles Costa – 80% (80%)
Talles Wander – 100% (100%)
Vinícius – 90% (90%)
Welington – 100% (100%)
Young – 100% (100%)
Ythallo – 90% (100%)
Yúri Kevem – 90%

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