São Paulo vê tempo de recuperação de lesão cair após investir R$ 1,5 milhão no Reffis

188

Clube ainda prevê até R$ 3 milhões para finalizar reformulação e quer implantar protocolo individual de prevenção baseado no histórico de cada atleta

O São Paulo registrou uma queda no tempo médio de recuperação de lesão muscular no ano passado, comparado à temporada anterior, período em que o clube iniciou a reformulação do Reffis (Núcleo de Reabilitação Esportiva Fisioterápica e Fisiológica), agora chamado de Reffis Plus.

De acordo com dados fornecidos pelo clube, até 2021 um atleta levava, em média, 17 dias para receber alta em casos de lesões musculares, número que em 2022 caiu para 11 dias – nesse começo de 2023, a média é de 13 dias.

Publicidade

O ge visitou o Reffis Plus na última sexta-feira a convite do São Paulo.

Reffis Plus tem atendido aos jogadores do São Paulo — Foto: Leonardo Lourenço

Até agora foi investido cerca de R$ 1,5 milhão na reformulação do núcleo, montante que considera valores pagos e o correspondente em permutas – como propriedades de marketing, por exemplo.

– Não tinha sido feito um investimento alto (há algum tempo). A cada três anos é preciso renovar algumas coisas – disse o coordenador de fisioterapia Felipe Marques, que chegou ao clube no ano passado.

O clube investiu na compra de aparelhos médicos para acelerar o processo de regeneração dos tecidos – R$ 420 mil parcelados num acordo em que o São Paulo afirma ter conseguido um desconto de quase 50% da fornecedora, a mesma que fornece equipamentos a clubes como Barcelona e Real Madrid.

– O Reffis não deve nada mais a nenhum outro clube do Brasil – afirmou Marques, que está capitaneando essa reformulação.

Clube ainda prevê até R$ 3 milhões para finalizar reformulação do Reffis — Foto: Leonardo Lourenço

O clube registrou quatro lesões musculares na temporada: nos laterais Orejuela e Welington e nos atacantes David e Eríson – os dois últimos tinham acabado de chegar ao clube.

O caso de Welington foi diferente: o controle realizado pelos fisioterapeutas já indicava um desgaste do atleta, que tinha feito sete partidas seguidas – ele estava em “bandeira amarela”, classificação de alerta utilizada no clube.

O risco de uma lesão foi notificado à comissão técnica, que decidiu escalar o jogador contra o Santos – há poucas opções para o setor no elenco. Welington teve um estiramento na coxa e voltou três jogos depois.

Agora, o clube planeja uma nova fase dessa reformulação do Reffis, com a compra de aparelhos físicos e de performance, o que pode custar de R$ 1 milhão a R$ 3 milhões.

Jogadores são acompanhados com mais detalhes no Reffis do São Paulo — Foto: Leonardo Lourenço

O Departamento Médico também está implantando uma mudança no trabalho de prevenção de lesões:

– Estamos mapeando todas as lesões que cada atleta já teve para definir protocolos individuais. Cada um terá seu próprio planejamento – contou o coordenador médico Ricardo Galotti, que assumiu o cargo há cerca de 20 dias.

Atualmente há nove jogadores em tratamento no São Paulo, seis deles que passaram por cirurgia recentemente – casos de Ferraresi, Galoppo, Igor Vinícius, Moreira, Talles Costa e Welington.

André Anderson ainda trata uma pubalgia, enquanto Rafinha está em fase final de recuperação de uma entorse no tornozelo esquerdo. Calleri também machucou o tornozelo e já participa dos treinos com o restante do elenco.

O atacante argentino se machucou contra o São Bernardo, na penúltima rodada da fase de grupos do Paulista. O São Paulo cogitou fazer cirurgia, mas escolheu o tratamento conservador – o atleta tem participado das atividades no CT sem restrições, cerca um mês após a contusão.

Ele deve estar à disposição para a estreia da equipe na Copa Sul-Americana, na próxima quinta-feira, contra o Tigre, na Argentina.

Globo Esporte