O São Paulo anunciou no dia 27 de janeiro a contratação por empréstimo de um ano de Caio, então Paulista. Na ocasião, a vinda do jogador do Fluminense atendeu necessidades mútuas entre os tricolores. No do Morumbi, era a melhor opção barata disponível para ser o substituto de Welington, na ocasião sem uma peça de reposição já que o jovem Patryck foi servir a Seleção Brasileira sub-20 no Sul-Americano da categoria. No carioca, era a chance de se livrar de um atleta deveras criticado pela torcida.
Não é para menos que desconfiança seja o adjetivo que melhor se encaixava com Caio naquele já distante janeiro. Atacante de origem, o jogador foi improvisado na função de lateral-esquerdo apenas na temporada anterior, por necessidade e uma crença quase cética do técnico Fernando Diniz.
Mas, como diria o poeta, o mundo dá voltas. Muita coisa aconteceu desde então. Caio acabou se tornando titular absoluto no Tricolor por falta de opção, já que Welington se contundiu ainda no Campeonato Paulista. E desde então, 24 jogos, três gols e duas assistências depois, a admiração pelo futebol apresentado cresceu.
Existem falhas defensivas, é verdade, mas óbvio que elas são previsíveis se tratando de um atacante que acabou indo parar na linha defensiva por acaso. Até por isso, a compensação vem na frente, onde o são-paulino atravessa um dos melhores momentos na carreira. Capaz de cativas até os tricolores cariocas, que antes torciam o nariz para seu futebol. Se tornou rotina nas entrevistas de Diniz ter de responder questionamentos sobre os motivos que o levaram a liberar Caio para o Morumbi.
Mas o que parece um ‘conto de fadas’ passageiro do jogador pode lhe render frutos. Chegou aos ouvidos dos dirigentes são-paulinos que Caio é mais um atleta do clube que vem sendo observado por clubes europeus. Não existem propostas oficial, reiterando. Mas há a fumaça.
Pelos lados do Morumbi, há pouco a ser feito para tentar segurar Caio. O acordo de empréstimo prevê um valor aproximado de quase R$ 18,5 milhões para sua compra definitiva. Quantia deveras alta para a atual crise financeira atravessada pelo São Paulo.
Ao contrário até. O mesmo acordo entre os tricolores prevê aos paulistas uma quantia caso Caio seja negociado durante o período na cidade natal. E a contratação de um lateral-esquerdo é algo pedido pelo técnico Dorival Júnior há meses. Trocando em miúdos, pode se unir o putil ao agradável. Para todos os três envolvidos. Coroando a reviravolta de um operário polivalente que passou da descrença ao posto de jogador útil tão admirado pelas torcidas afora do futebol.
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