Rival íntimo: cinco atos mostram por que Dorival Júnior, do São Paulo, conhece tanto o Palmeiras

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Treinador é parente de ídolo alviverde, jogou três temporadas por lá e foi primeiro técnico da era Allianz Parque; pelo Tricolor, tem missão neste meio de semana pela Copa do Brasil

Poucas pessoas dentro do São Paulo conhecem tanto o Palmeiras, adversário desta quinta-feira, às 20h (de Brasília), no Allianz Parque, pela Copa do Brasil, quanto o técnico Dorival Júnior.

Além da obvia relação familiar devido ao parentesco com o ídolo alviverde Dudu, tio do treinador, o comandante são-paulino possui cinco aspectos importantes que o ligam ao rival.

Sob o comando do técnico com passado palmeirense, o Tricolor tenta a vaga na semifinal da Copa do Brasil. Por ter vencido o duelo de ida por 1 a 0, o São Paulo joga por um empate na casa alviverde.

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Dorival Júnior na chegada para São Paulo x Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

Ligação de sangue

Dorival Júnior é sobrinho de Dudu, volante da Academia de Futebol do Palmeiras das décadas de 1960 e 1970 e um dos grandes ídolos da história centenária palestrina.

Foram mais de 600 jogos durante 13 temporadas com a camisa alviverde. Dudu levantou o Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969), Taça Brasil (1967), e os Brasileiros de 1972 e 1973.

Dorival Júnior e Dudu no Palmeiras — Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Tio para sobrinho

Assim como o tio, o próprio Dorival Júnior vestiu a camisa do Palmeiras como jogador de futebol. Entre os anos de 1989 e 1992, o atual treinador são-paulino e antigo meio-campista esteve em 158 jogos e anotou cinco gols.

Neste período, Dorival chegou a ser comandado pelo próprio tio, durante os anos de 1990 e 1991, e não conquistou títulos vestindo o uniforme alviverde, consagrado anteriormente na família.

Dorival x Raí

Enquanto jogador do Palmeiras, uma das passagens mais marcantes da trajetória de Dorival Júnior ocorreu em um clássico contra o São Paulo, clube que representa atualmente.

Durante o Paulistão de 1991 e diante de mais de 100 mil pessoas no Morumbi, Dorival dividiu bola com o ídolo são-paulino Raí e permaneceu no chão, com dores.

Posteriormente foi constatado que o volante palmeirense fraturou a tíbia e do perônio, permanecendo meses afastado dos gramados. Dorival não guardou mágoa e reencontrou Raí em 2017, quando ambos trabalharam como treinador e dirigente do São Paulo, respectivamente.

Festa pelo Allianz e sufoco

Dorival Júnior pode se orgulhar de ter sido o primeiro treinador a comandar o Palmeiras no Allianz Parque. A estreia veio com derrota para o Sport, por 2 a 0, durante o Brasileirão, competição na qual o Verdão se salvou do rebaixamento somente na última rodada.

Na segunda partida na arena modernizada, o empate contra o Athletico Paranaense ficou no 1 a 1 e se salvou por pouco do rebaixamento. Dorival deixou o clube dias depois.

Lembrança boa como rival

Se a memória como treinador no Allianz não é tão positiva, Dorival tem uma lembrança positiva dos jogos contra o Palmeiras. No ano passado, enquanto comandava o Ceará, o técnico surpreendeu e guiou a equipe para a vitória por 3 a 2, em duelo pela primeira rodada do Brasileirão.

A última partida de Dorival como treinador no Allianz Parque foi pela mesma competição. Quando já dirigia o Flamengo, o técnico esteve presente no empate por 1 a 1, em jogo no qual o rubro-negro atuou com uma formação alternativa no time titular.

Globo Esporte