Meia-atacante teve atuação de gala em classificação do Tricolor diante do Corinthians, na Copa do Brasil; final será contra o Flamengo, nos dias 17 e 24 de setembro
O roteiro para Lucas Moura em seu retorno ao São Paulo não poderia ser melhor do que o visto na última quarta-feira, no Morumbi, pelo jogo de volta das semifinais da Copa do Brasil, diante do Corinthians.
Depois de passar 11 anos longe do Tricolor, o meia-atacante voltou no início desse mês para atuar até o fim do ano. O reforço às vésperas do jogo contra o rival apareceu como um alento para o Tricolor, que via a possibilidade de mudar o patamar do time e reverter o placar de 2 a 1 na Neo Química Arena.
E a expectativa colocada sobre o jogador foi superada (e com sobras). Nos 90 minutos em que ficou em campo, Lucas foi o maestro do meio de campo e do ataque. Puxou contra-ataques, driblou, desarmou, irritou a marcação do Corinthians e foi fundamental na classificação para a final.
Antes mesmo do jogo começar, Lucas Moura apareceu no túnel de acesso ao gramado cantando a música que ecoava das arquibancadas, dando amostras da sintonia que estava por vir entre ele e os torcedores.
Não demorou muito para a bola rolar e Lucas Moura mostrar que estava com vontade de jogo e que poderia destoar na partida. Aos dois minutos já fez uma jogada perigosa pela esquerda. Aos seis foi travado em sua primeira tentativa de finalização.
Após ver o primeiro gol de Wellington Rato, aos 12 minutos, Lucas melhorou ainda mais no confronto e o gol era questão de tempo. Aos 31, ele veio. O meia-atacante pegou a bola na entrada da área, cruzou na cabeça de Wellington Rato e correu para receber na pequena área. Ele cabeceou na trave e a bola voltou nele para entrar no gol.
Cinco minutos mais tarde, Lucas teve a chance de fazer o terceiro do São Paulo ao invadir a área em uma jogada rápida e finalizar na saída de Cássio. O goleiro fez uma grande defesa com os pés.
Sem a bola, Lucas foi igualmente importante no duelo. De acordo com o scout da TV Globo, o meia-atacante foi o líder de desarmes, com cinco na partida.
– Não acho que dê para dizer que eu fui o protagonista. O Rato fez um jogo espetacular, a equipe na parte defensiva fez um trabalho espetacular também neutralizando eles. No final, uma situação normal, eles tiveram que tentar de tudo. Acho que o protagonista é o elenco, todo mundo. Não gosto dessa coisa de uma pessoa só, é claro que tem uma atuação com destaque, mas todo o elenco está de parabéns – afirmou o jogador após a partida.
O choro final
Após o São Paulo confirmar o 2 a 0 e a classificação para a final, Lucas não escondeu a emoção e foi às lágrimas ao comemorar a classificação com a torcida no Morumbi.
– Emoção total. Angústia, nervosismo, a tensão do jogo. Eles tocando a bola ali, o perigo de fazer um gol, o tempo não passava, quando o juiz apita é emoção pura. A gente desaba, vê que deu certo o trabalho, as conversas que tivemos. Sensação de dever cumprido. Para mim, tudo o que envolveu, as coisas que vivi aqui, não tem como segurar a emoção. Agora é focar para a próxima– falou o atacante após o jogo.
Lucas Moura elevou o patamar do São Paulo com poucos minutos em campo. Agora, disputará mais uma final pelo Tricolor e coloca o clube em pé de igualdade com o Flamengo, que venceu o Grêmio e avançou à final. Os jogos serão nos dias 17 e 24 de setembro.
Capitão, o camisa 10 desponta a reforçar sua idolatria no São Paulo.
Globo Esporte
