Lucas recomeça história no São Paulo após ascensão meteórica e despedida com taça

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Jogador atuou pelo clube em 128 partidas até se despedir para defender o PSG por valor histórico, em 2013; reestreia deve ser neste domingo, contra o Atlético-MG

Quando, aos 17 anos, estreou na equipe profissional do São Paulo contra o Athletico-PR, em Curitiba, Lucas iniciou uma carreira curta, mas meteórica no clube. História que terá um recomeço neste domingo, 13 anos depois, no jogo contra o Atlético-MG (de Brasília), às 16h, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.

Ainda conhecido como Marcelinho, apelido que o relacionava ao ídolo do Corinthians e que pouco depois foi abandonado, o jogador ganhou destaque ao ser um dos líderes da equipe tricolor que foi campeã da Copinha no começo de 2010.

A chance no time principal, porém, ainda demoraria alguns meses. Foi no dia 8 de agosto de 2010, às vésperas de completar 18 anos, ao substituir Marlos nos minutos finais da partida do Brasileirão. Quem o colocou em campo foi Milton Cruz, auxiliar que dirigiu o time interinamente após a queda de Ricardo Gomes, dias antes.

Não demorou até que aquele meia-atacante, rápido e driblador, se tornasse titular. Uma decisão da diretoria facilitou o caminho: sem conseguir contratar um treinador efetivo, o clube deu chance a Sérgio Baresi, que tinha sido o técnico de Lucas na Copa São Paulo daquele ano.

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Em seu quarto jogo, Lucas assumiu uma vaga entre os 11 – contra o Vasco. O primeiro gol veio três partidas depois, contra o Atlético-MG.

Em 2011, aos 18, se tornou o segundo jogador mais jovem do São Paulo a ser convocado pela Seleção, atrás apenas de Mauro Ramos. Foi num amistoso contra a Escócia, em Londres, em que entrou no segundo tempo. Naquele ano, disputou também a Copa América, na Argentina.

Lucas Moura em ação pelo São Paulo — Foto: Agência Estado

No ano seguinte, explodiu. Em agosto de 2012, o PSG, que tinha sido comprado por um fundo de investimento do Catar que o transformaria numa potência financeira, pagou R$ 108 milhões (em valores da época) para levar o jogador para a França – mas só em janeiro.

Os meses de despedida de Lucas do São Paulo terminariam em festa.

No último jogo que disputou pelo clube, venceu a Copa Sul-Americana. Lucas marcou um gol e deu uma assistência para a vitória por 2 a 0 contra o Tigre – aquele jogo que terminou no intervalo após os argentinos se recusarem a voltar ao campo por causa de uma confusão com a polícia brasileira.

A comemoração ficou marcada pela imagem do então capitão Rogério Ceni entregando a faixa para que Lucas pudesse erguer a taça no Morumbi, lotado.

Lucas deve ser a principal atração do jogo deste domingo, contra o Atlético-MG, no Morumbi. Já inscrito, o jogador disse na sexta-feira, em sua apresentação, que espera estar na partida.

Globo Esporte