O São Paulo fechou um empréstimo de R$ 35 milhões com o BTG, banco que faz a operação da Libra, no final de julho. A versão do clube é de que a operação não tem relação com as contratações de James Rodriguez e Lucas Moura, anunciadas logo depois.
O orçamento são-paulino tinha previsões de alguns empréstimos durante o ano que foram pre-aprovados pelo Conselho Deliberativo. A operação feita teve como garantia a arrecadação de sócios do clube e o cronograma prevê quitação em até 30 meses.
O objetivo é gerar recursos para pagamento de direitos de imagem e outras dívidas de curto prazo – o São Paulo teve dívidas com jogadores durante o ano. Além disso, o clube alongaria outros débitos com outros clubes.
As contratações de James e Lucas Moura foram feitas dentro de uma previsão orçamentária de aumento da folha no segundo semestre. A justificativa no São Paulo é de que houve receitas acima do previsto no 1º semestre, entre elas a bilheteria.
Ao final de 2022, em seu balanço, o São Paulo registrava R$ 204 milhões em dívidas com instituições financeiras, bancos e fundos. O clube teve um gasto anual de R$ 61 milhões com despesas financeiras, isto é, juros.
O BTG é o mesmo que faz o processo de investimentos na Libra, da qual o São Paulo é um dos integrantes. Mas o empréstimo não tem relação com o possível contrato do clube com o fundo Mubadala, que tem uma proposta de compra de entre 12,5% e 20% dos direitos de TV dos times. O banco participa deste negócio.
Atualmente, o São Paulo assinou um MOU (pre-contrato) com o Mubadala. Mas ainda terá 60 dias para decidir se fecha o negócio. No momento, os direitos de TV do Tricolor estão sendo vendidos em bloco dentro da Libra.
UOL