Mesmo com premiação e bilheteria recordes, São Paulo prevê déficit em 2023

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Campeão da Copa do Brasil, clube deve fechar o ano no vermelho após recusar propostas por atletas

Num ano em que venceu a Copa do Brasil, torneio de maior premiação do país, e bateu recorde de bilheteria, o São Paulo prevê que terá déficit.

Os números ainda não foram fechados, mas a perspectiva foi admitida pelo presidente Julio Casares, que foi reeleito para um novo mandato de três anos na última sexta.

Se confirmado, o resultado colocará o São Paulo no vermelho mais uma vez, depois de ele alcançar um superávit de R$ 37,4 milhões em 2022.

Fará falta ao clube, neste ano, receitas relevantes com a venda de direitos econômicos de atletas.

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Cartolas dizem ter recusado propostas altas por jogadores como Beraldo e Pablo Maia – falam em ofertas de 12 milhões de euros (cerca de R$ 63 milhões) por cada um – no meio do ano. A intenção era manter o elenco intacto para a conquista da Copa do Brasil, o que aconteceu.

A premiação desse torneio, bastante alta, não foi suficiente para cobrir esse montante do qual abriu mão. O clube arrecadou cerca de R$ 90 milhões na Copa do Brasil, contando todas as fases.

O São Paulo também superou as receitas de bilheteria de 2022 – R$ 67 milhões –, que neste ano chegaram a R$ 111 milhões.

Mesmo com esses incrementos, o resultado financeiro até setembro já se aproximava de um déficit de R$ 97 milhões.

– Agora nós podemos chegar no final do ano com déficit. Em agosto a gente tinha oferta por três ou quatro jogadores. Naquele momento tivemos a tranquilidade de não os vender e para tentar ganhar a Copa do Brasil, como ganhamos. Trouxemos o legado esportivo e valorizamos os atletas – justificou Casares na sexta.

– Dirigente tem que ter sangue frio. Então sabemos que se por um acaso tenhamos um déficit esse ano, sabemos que os atletas que valiam cinco ou seis milhões (de euros) vão valer 18 milhões (de euros), que é oficial, já existe, mas sabemos que pode aumentar, e aumentar bastante – completou.

Ele se refere a uma proposta do Zenit, da Rússia, por Beraldo, de 18 milhões de euros (R$ 95 milhões), que já foi recusada. O clube espera valores acima de 20 milhões de euros (R$ 106 milhões).

Nesse cenário, de contas no vermelho e atletas valorizados, o São Paulo deve vender jogadores na próxima janela de transferências. Beraldo, Pablo Maia, Rodrigo Nestor e Wellington são os principais candidatos.

GloboEsporte