O técnico Thiago Carpini relatou sua emoção ao estrear no comando do São Paulo, em entrevista após a vitória por 3 a 1 sobre o Santo André pela rodada inaugural do Campeonato Paulista.
A gente fica até emocionado, os olhos enchem de lágrima, porque é um momento de muita satisfação. Só eu sei o que eu passei, o que eu construí para ter essa oportunidade, para Deus me abençoar dessa maneira, ter a oportunidade de estar à frente de um clube como o São Paulo e viver isso, para mim foi um marco na minha vida. A chegada ao estádio e a subida ali nas escadas do Morumbi foi algo que eu não vou esquecer nunca.
Thiago Carpini, em coletiva de imprensa
O que mais ele disse
Primeiras impressões: “O dia de hoje para mim foi muito especial, liderando um gigante como o São Paulo. Eu fico muito feliz pela primeira vez ter toda essa atmosfera do Morumbi ao meu favor. Acho que o torcedor são-paulino é um show à parte.”
Entendimento dos jogadores: “É um grupo comprometido, de trabalhadores. Acho que enaltecer a capacidade de cada um desses atletas é redundante da minha parte. A maneira que eles me receberam, a forma como estamos propondo algumas ideias pelo curto espaço de tempo, tudo isso nos facilita muito. As primeiras impressões são todas positivas, desde o trabalho anterior.”
Mudanças: “Eu não acredito em romper barreiras. Mesmo quando se tem uma troca de comando por falta de resultados, sempre tem coisas boas, nem tudo está errado, nem tudo está certo nas conquistas. Então, essa continuidade de coisas positivas, potencializar essas situações, são coisas que a gente tem que buscar quando chega.
Herança: “É todo o trabalho. Acho que o Dorival pegou um pouquinho do Rogério, mas colocou as ideias dele. A gente também tem isso, mas ajusta um pouquinho mais. A gente vai trazendo todas as coisas boas que o São Paulo vem construindo com grandes profissionais que passaram aqui. Em alguns comportamentos a gente (Dorival) pensa muito parecido. Foi possível aproveitar muita coisa porque a gente acredita nas mesmas ideias.”
Desconfiança: “Eu não sou hipócrita. Eu costumo falar aquilo que eu penso. Sei que gera uma desconfiança pela minha chegada… como vai ser o São Paulo do Carpini, treinador jovem lidando grandes medalhões. Eu ainda procuro a minha afirmação. Esse jogo já é história para contar. Fazia tempo que o São Paulo não vencia numa estreia, até onde eu sei. Então, são oportunidades que a vida te dá, de fazer história, de mostrar capacidade.”
Substituição de Lucas: “Não preocupa. Foi o cansaço mesmo. Acho que ali foi o limite. Não fosse naquele momento, já estava prevista a troca né? Já estava quase dentro do que a gente programou por volume dele.”
Variações: “Quando a gente precisar de um cara que rompe linhas com drible e velocidade, nós temos o Lucas. Um cara que distribui bem a bola, que acha os espaços, temos o Luciano. Que tem qualidade no passe, esse cara é o James, então a gente tem boas alternativas.
Jogadores não-inscritos: “O regulamento da Federação Paulista permite fazer inscrições até o dia 16 de fevereiro. É natural que, à medida que essas cargas forem equilibradas, se estiverem à disposição, os jogadores vão ser inscritos e participar do processo. Não temos urgência, já que eles ainda não estão dentro das possibilidades físicas que o São Paulo programou para cada um desses atletas atuarem com segurança.”
James: “Eu não posso te assegurar que na próxima rodada a gente tenha outra disposição. É uma análise que a gente faz em conjunto: departamento físico, fisiológico, feedback do atleta. Eu acho que ele progrediu de maneira gradativa. Nós não podemos perder ninguém, é umano cheio de de grandes compromissos, então todos são importantes no processo.”.
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