São Paulo se reúne para evitar erros e fechar cerco em busca de novo técnico

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Tricolor sonda possíveis substitutos para Dorival Júnior, mas ainda não tomou decisão para fazer proposta; Vojvoda e Jardine são descartados, e Zubeldia é nome da vez

O São Paulo perdeu o técnico Dorival Júnior para a seleção brasileira no último domingo e tem tido dificuldade para encontrar um substituto. O mercado de treinadores, antes do início da temporada, tem oferecido poucas opções viáveis para o Tricolor.

A segunda-feira foi de reuniões para a diretoria de futebol. O objetivo foi definir alvos, traçar estratégias e descartar nomes improváveis. Por enquanto, o Tricolor usa pessoas próximas ao comando do clube para sondar quem pode vir a ser um possibilidade mais concreta. O técnico argentino Luis Zubeldia, ex-LDU, foi o último procurado para entender condições de uma possível negociação.

As primeiras horas sem Dorival Júnior foram complicadas para o São Paulo. O Tricolor entrou em contato com Vojvoda e ouviu que o treinador argentino não quer deixar o Fortaleza. Ele era a principal aposta do clube para substituir o agora técnico da seleção brasileira. Rapidamente, foi descartado antes mesmo de haver negociação.

Com a temporada ainda às vésperas de começar, o São Paulo tem encontrado um mercado muito difícil. Não há, por exemplo, treinadores pressionados em seus clubes. Quem foi mantido de 2023 para 2024 está prestigiado por um bom trabalho e quem chegou depois do fim da temporada passada ainda vai iniciar um novo trabalho.

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Ao contrário do que acontece quando um clube perde ou demite um treinador durante competições, o São Paulo não vê, neste momento, técnicos “fáceis” no mercado. Por isso, precisará ir para fora do Brasil ou tirar um profissional de outro clube para substituir Dorival Júnior.

As duas opções, neste momento, são analisadas pelo São Paulo. O Tricolor está aberto à possibilidade de pagar multa contratual para contratar um técnico – estava disposto a arcar com os valores para ter Vojvoda, por exemplo.

Ao mesmo tempo, o São Paulo quer evitar “nãos”. O Tricolor acredita que ser recusado por treinadores aos montes pode ser prejudicial para o clube, também por atrasar o planejamento para a temporada, que estava montado por Dorival Júnior.

Além de Vojvoda, André Jardine também teve o nome debatido nos bastidores. O ge ouviu que uma pessoa próxima ao presidente Julio Casares procurou informações sobre o treinador, cria do Morumbi e agora no América do México. Recém-campeão mexicano, porém, o profissional não tem interesse em deixar o atual clube neste momento. Ele tem contrato até junho de 2025.

Jardine começou a carreira nas categorias de base do São Paulo e foi promovido a treinador do time profissional em 2018, mas em 2019 não resistiu a resultados abaixo do esperado e foi demitido. Pouco depois, foi campeão olímpico com a seleção brasileira e se transferiu para o México, onde levou o América ao título nacional em 2023.

A procura por Jardine é um exemplo do que o São Paulo tem feito antes de ser mais incisivo na busca por um treinador. Não foi a diretoria de futebol do clube que procurou o treinador – apenas uma pessoa próxima, com influência no dia a dia do Tricolor. Isso acontecerá com outros nomes até que o principal alvo receba uma proposta.

Globo Esporte