Jogador foi condenado a quatro anos e meio de prisão na acusação de agressão sexual contra uma mulher em Barcelona; Tricolor tem montante a pagar após saída dele do clube
Condenado a quatro anos e meio de prisão nesta quinta-feira no Tribunal de Barcelona, Daniel Alves ainda gera um custo mensal altíssimo para o São Paulo no Brasil.
O jogador, preso pelo caso de agressão sexual contra uma mulher dentro de uma boate da cidade espanhola, ocorrida em dezembro de 2022, deixou o São Paulo em setembro de 2021.
Na quebra de contrato, o clube assumiu com ele um acordo que hoje drena R$ 450 mil mensais. Em entrevista à Folha de S.Paulo nesta semana, o presidente Julio Casares confirmou os valores da operação, que segundo o balanço de 2022 girava em torno de R$ 22,8 milhões.
– Na saída dele fizemos uma confissão de dívida e um acordo que baixou de R$ 50 milhões para R$ 25 milhões. Estamos pagando – disse o presidente, em números redondos.
Desde a oficialização da saída, já se passaram 29 meses. O balanço divulgado no início do ano passado indicava o pagamento de R$ 2,4 milhões até dezembro de 2022. O São Paulo, porém, diz que já pagou valores correspondentes a metade da dívida. O acordo segue até o final de 2025.
Passagem frustrada
Daniel Alves assinou contrato em agosto de 2019 com um salário de R$ 1,5 milhão. A ideia da gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, era arrumar parceiros e fazer um grande marketing em torno dele para conseguir arcar com as cifras do jogador, que saiu de graça do PSG.
No entanto, a expectativa nunca se confirmou, e o São Paulo se viu mergulhado na dívida com o jogador. Em um primeiro momento, até houve o pagamento em dia, mas a crise se agravou com a pandemia do coronavírus. Com um endividamento total de mais de R$ 600 milhões em 2021, o São Paulo viu seu débito com o jogador chegar a R$ 18 milhões. Sem pagamento, o sonho ruiu.
A passagem pelo São Paulo teve 95 jogos, dez gols e um título do Campeonato Paulista.
Globo Esporte