Diego Costa foi capitão com Ceni antes de lesão. Hoje, é pilar do São Paulo

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Formado nas categorias de base do São Paulo, o zagueiro Diego Costa tinha apenas 23 anos em 2022, período em que recebeu a braçadeira de capitão da equipe.

A decisão não partiu de “qualquer um”, mas sim de Rogério Ceni, um dos maiores ídolos do clube e que, na época, era técnico do elenco tricolor.

Diego Costa revelou ao UOL como lidou com o momento. Para ele, usar a braçadeira do São Paulo na época gerou evolução em seu futebol.

Na primeira vez em que ele falou que eu seria capitão, me surpreendi, ainda mais vindo dele, que é um cara tão duro em relação a ser perfeccionista. Foi uma honra ter sido capitão com ele como treinador. É um cara que admiro muito e é um ídolo de todo mundo que é são-paulino. Eu não esperava, mas depois de um tempo, vi que ele confiava no meu trabalho e isso fez com que meu futebol no São Paulo evoluísse muito

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Diego Costa, ao UOL

O zagueiro liderou a zaga até outubro daquele ano, mas uma lesão interrompeu a sequência: ele sofreu uma tendinite do joelho e precisou passar por uma cirurgia.

Diego Costa passou seis meses afastado e em seu retorno, já em abril do ano passado e sem pré-temporada, acabou perdendo espaço — Beraldo, outra cria de Cotia, atropelou a concorrência e ganhou a vaga titular ao lado de Arboleda na defesa são-paulina.

A saída do colega rumo ao PSG fez o camisa 4 retomar seu status de pilar da equipe, hoje comandada por Thiago Carpini. A cereja do bolo da boa fase foi a renovação: o zagueiro estendeu seu vínculo com o Tricolor até 2028.

A reviravolta de Diego Costa

Lesão. “Foi bem difícil. Lembro que a gente perdeu a final da Sul-Americana e, logo em seguida, tive que passar por uma simples operação no joelho. Graças a Deus, não foi nada grave, mas isso me tirou uns meses do campo. A gente sabe que no futebol, ainda mais no Brasil com o calendário tão cheio, se você fica um pouco fora, é difícil voltar. Acabei perdendo a pré-temporada no começo do ano. Foi um começo meio complicado. A gente sabe que, quando está fora, é difícil, mas graças a Deus, com a ajuda do departamento físico do São Paulo, consegui voltar e ganhar ritmo de jogo. Por mais que eu não tivesse feito a pré-temporada, fui ganhando condição aos poucos nos jogos.”Continua após a publicidade

Retorno em momento crucial. “Quando voltei, vi que o time estava muito bem. Tanto é que, quando saí na Sul-Americana, sabia que o próximo título que fôssemos disputar, tínhamos que ser campeões, então estava focado em voltar para poder ajudar ao time. Graças a Deus, consegui voltar muito bem e joguei os jogos mais importantes da Copa do Brasil.”

Melhor jogo da carreira. “Se fosse para escolher um jogo, seria contra o Flamengo na final da Copa do Brasil, muito pelo fato de o Morumbi estar lotado, pela festa que foi… até hoje, aquele jogo foi o mais importante. Acabei entrando no começo. Por mais que eu estivesse concentrado, não esperava. Foi logo no começo. Entrei e dei conta do recado.”

Futuro como capitão? “A posição de capitão varia bastante, no nosso grupo temos vários líderes. É uma coisa natural e com o tempo. A gente tem o Lucas, o Rafinha, o Calleri, o Luciano… quanto mais líderes a gente tiver, melhor para o São Paulo.”

Dia a dia com Carpini. “É um cara extremamente profissional, veio para agregar nosso trabalho e estamos entendendo muito bem o que ele passa. É um profissional de extrema qualidade e seriedade, ele já vem demonstrando, pelo pouco que tem aqui, o quanto de respaldo ele tem para trabalhar.”

UOL