O São Paulo derrotou o Palmeiras neste domingo e faturou a Supercopa do Brasil sem seu principal jogador: Lucas Moura. Com dores na coxa esquerda, o camisa 7 foi o desfalque de peso do Tricolor e acabou sendo substituído por Nikão, uma escolha do técnico Thiago Carpini que acabou surpreendendo boa parte dos torcedores.
Lucas esteve em campo no último treino do São Paulo antes de viajar para Belo Horizonte, foi reavaliado momentos antes da final, mas não se sentiu seguro para ser escalado. O camisa 7, inclusive, ficou de fora até do banco de reservas, assistindo ao jogo das tribunas.
“O Lucas fez o possível para estar em campo. Tudo que foi dentro do nosso alcance, do alcance do atleta, principalmente, foi avaliado próximo da partida. Infelizmente ele não se sentiu seguro, e o atleta precisa estar seguro para jogar uma decisão desse tamanho. Muito nobre do Lucas também entender que ele não estava bem para jogar. Precisamos entender melhor o que aconteceu, se existe algum processo que carece de um período maior de recuperação”, disse o técnico Thiago Carpini.
Contando com opções de sobra para os lados de campo, algo que o São Paulo não tinha até pouco tempo atrás, o comandante tricolor apostou em Nikão, que não fez uma partida de encher os olhos da torcida, mas até chegou a protagonizar momentos de perigo, como o passe que deixou Luciano na cara do gol.
“Eu tive oportunidade de enfrentar o Palmeiras algumas vezes, nessa formação com Mayke e Marcos Rocha, e também tive a oportunidade de enfrentar o Abel. Entendi que daquele lado do campo precisávamos de um pouco mais de profundidade. O mais óbvio, quem vinha participando dos jogos, era o Galoppo, mas ele tem características parecidas com as do Wellington Rato. Era o lado a ser explorado. Então, trabalhamos muito em cima disso. Pelo fato de o Nikão ser canhoto, a ideia era fazer uma dobra com o Welington, explorar mais essa situação, já que do lado contrário não tínhamos essa profundidade”, explicou.
Carpini sinalizou que Nikão deverá receber mais oportunidades em 2024 após ser emprestado em 2023 ao Cruzeiro. A ideia do treinador é recuperar o atleta que foi tão decisivo no Athletico-PR, ganhando mais uma boa opção em um elenco bastante recheado.
“A escolha pelo Nikão foi pelo que ele tem feito nos treinos. Ano passado não foi tão bom pra ele, mas o São Paulo tem uma coisa que também tenho comigo, que é não desistir das pessoas. O Nikão é um atleta do clube, já demonstrou em outros momento sua capacidade. Reencontrou a alegria de jogar futebol e vai nos ajudar”, completou Carpini.
Gazeta Esportiva
