Em entrevista ao GE, o atacante Jonathan Calleri, do São Paulo, lembrou o nervosismo nos dias prévios à final da Copa do Brasil de 2023, contra o Flamengo.
O centroavante admitiu que ficou traumatizado com o vice do Tricolor na decisão da CONMEBOL Sul-Americana de 2022, o que aumentou ainda mais a ansiedade antes de pegar o Rubro-Negro.
Calleri contou que trouxe amigos da Argentina para ficarem em sua casa, de forma a distraí-lo para que ele não ficasse pensando no confronto contra o Fla.
Além disso, o camisa 9 “abandonou” seu celular para não ver notícias sobre a finalíssima.
“Eu mudei tudo para a final (da Copa do Brasil). Eu tento ser o mais profissional possível, sei que quando você dá tudo dentro de campo, tem mais chance de dar certo. Eu pintei o cabelo, não dormia, fiquei com meus amigos… Estava nervoso pela final”, relatou.
“Trouxe meus amigos da Argentina, larguei meu telefone dois dias antes da final. Não conseguia falar com ninguém, só queria ver um filme, uma série que me tirasse do jogo”, acrescentou.
Segundo Calleri, a estratégia funcionou, com o São Paulo fazendo “os melhores 45 minutos do ano” no 1º tempo contra o Flamengo.
Foi o argentino o gol que deu a vitória por 1 a 0 ao Tricolor em pleno Maracanã, encaminhando a conquista do troféu inédito.
“Sair do CT e ver toda aquela gente na porta (no dia da viagem ao Rio de Janeiro), foi o momento que nós, dentro do ônibus, nos demos conta de que podíamos ser campeões. Fomos para o Rio, concentração tranquila. A gente sabia que estava mais perto de conseguir o título”, rememorou.
“Os primeiros 45 minutos foram um dos melhores 45 minutos do ano do São Paulo, tirando aqui contra o Corinthians. Mas fora de casa, foram os melhores. A gente podia ganhar de um, de dois, de três”, sentenciou.
Sem conseguir assistir novamente à final contra o Independiente del Valle, na Sul-Americana de 2022, o centroavante brincou e disse que já viu a jogada de seu gol contra o Fla “um milhão de vezes”.
“Como eu não vi mais o (jogo contra o Del Valle) de 2022, vi um milhão de vezes o de 2023. O gol foi uma jogada bonita, começou do lado direito com o Rafinha. Fui pegar a bola, toquei, demos toda a volta, a gente tinha combinado no treino de o Caio (Paulista) fazer um-dois com o Nestor. O Nestor cruzou a bola na hora, como a gente tinha combinado faz tempo, que ele ia cruzar na segunda trave. Eu só tinha que empurrar a bola”, celebrou.
“Tudo o que aconteceu antes, que deu ruim, a gente aprendeu. Fizemos certo em 2023. Esse grupo que foi tão criticado depois de perder Paulista e a Sul-Americana em 2022, acho que com o título da Supercopa e da Copa do Brasil, o de lá atrás está zerado”, finalizou.
ESPN