Como foi a ‘coletiva da discórdia’ que irritou o São Paulo e motivou veto

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O veto do São Paulo à utilização da sala de imprensa do MorumBis por parte do Palmeiras teve origem em um episódio de mais de três meses atrás: a noite do dia 25 de outubro do 2023, quando o Palmeiras venceu o São Paulo por 5 a 0 no Allianz Parque.

O que aconteceu

No estádio palmeirense só há uma estrutura de sala de imprensa, que é utilizada pelo Palmeiras. Os visitantes organizam suas coletivas em um espaço improvisado.

Naquela noite, o local costumeiro das coletivas havia mudado por conta de reclamações anteriores. Geralmente, o local utilizado ficava muito próximo aos elevadores no caminho da saída, o que fazia o barulho de fundo atrapalhar a entrevista.

O novo local ficava exatamente ao lado da concentração dos jornalistas para a Zona Mista. O local também é passagem e porta de saída do vestiário dos gandulas.

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No lugar, o Tricolor foi impedido de colar o backdrop na parede. O pano exibe os patrocinadores do clube e aparece atrás do treinador; a justificativa foi de que iria “descascar a parede”.

O São Paulo improvisou e colocou em uma estrutura metálica. Os profissionais de comunicação colaram como conseguiram, mas o patrocínio ficou visivelmente torto.

Os jornalistas precisaram sentar-se no chão e não havia estrutura de tomadas por perto. O assessor tricolor precisou se abaixar por toda a coletiva de maneira a distribuir o microfone utilizado pelos repórteres para as perguntas ao técnico.

O São Paulo achou estranho a alteração do local original de coletivas naquela noite. O clube tinha recebido uma reclamação do Palmeiras por provocações em redes sociais após ter eliminado o rival na Copa do Brasil e desconfia que a mudança tenha relação.

São Paulo não teria pedido sala

O UOL conversou com pessoas da cúpula palmeirense que argumentaram que o São Paulo não pediu para utilizar a sala de imprensa. Se o tivesse feito, o Palmeiras teria liberado o espaço.

UOL