Rivais, que protagonizam semanas de desentendimento após clássico, jogam as quartas do estadual neste final de semana
Palmeiras e São Paulo estenderam por semanas os 90 minutos do clássico da 10ª rodada do Campeonato Paulista, que em campo terminou 1 a 1, mas que ainda rende reclamações, críticas e troca de acusações nos bastidores por causa de erros de arbitragem e das ações de atletas e dirigentes tricolores que causaram confusão depois da partida.
Os dois times se classificaram para as quartas de final e jogam neste fim de semana em busca de um lugar nas semifinais, quando podem se encontrar. Mas só um cenário permite que os dois times resolvam em campo os problemas que criaram antes de uma possível final do estadual.
O regulamento do Paulista prevê que, nas semifinais, o time de melhor campanha enfrente o quarto, enquanto o segundo duela com o terceiro – em jogo único, com mando do time mais bem colocado.
Como nos outros anos, as equipes continuam somando pontos no mata-mata para definirem as suas colocações em cada fase da reta final.
Para Palmeiras e São Paulo se enfrentarem, os tricolores têm que terminar as quartas de final com a pior classificação entre os times ainda vivos.
O cenário é o seguinte:
- Palmeiras, Santos, Bragantino e São Paulo precisam se classificar;
- O Bragantino precisa avançar com vitória sobre a Inter de Limeira;
- O São Paulo precisa passar nos pênaltis, após empate com o Novorizontino.
Classificados, por qualquer resultado, Palmeiras e Santos mantém as duas primeiras colocações. Nesse cenário, o Bragantino iria a 24 pontos, o São Paulo ficaria com 23. As semifinais, previstas para o dia 27, seriam: Palmeiras x São Paulo; Santos x Bragantino.
Se um dos times visitantes avançar, o São Paulo será o terceiro colocado em caso de classificação – pois não pode ser ultrapassado na pontuação por Portuguesa, Inter de Limeira ou Ponte Preta – o que o tira do caminho do Palmeiras, que continuará com a melhor campanha mesmo que passe nos pênaltis.
O Palmeiras é quem abre a disputa de quartas de final ao receber a Ponte Preta, em Barueri, às 18h de sábado. O São Paulo enfrenta o Novorizontino, domingo, às 18h, no Morumbis. Também no domingo, o Red Bull Bragantino encara a Inter de Limeira, às 16h, em Bragança Paulista, e o Santos enfrenta a Portuguesa, às 20h15, na Vila Belmiro.
As confusões do Choque-Rei
São Paulo e Palmeiras já se enfrentaram duas vezes neste ano. Na Supercopa, depois de empate sem gols, os tricolores foram campeões nos pênaltis. No Paulista, empate em 1 a 1 e muita polêmica.
Os são-paulinos reclamaram da arbitragem de Matheus Delgado Candançan por não ter expulsado Richard Ríos, em falta sobre Pablo Maia, e por deixar de marcar um pênalti em Luciano.
Depois da partida, jogadores e dirigentes criaram confusão no vestiário de arbitragem. O diretor de futebol, Carlos Belmonte, chegou a xingar o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, de “português de merda”.
Nos dias seguintes, houve forte reação do Palmeiras em defesa do técnico, com ameaça de processos judiciais. Os são-paulinos foram denunciados pela procuradoria do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) paulista, mas um acordo com pagamento de R$ 205 mil em multas evitou o julgamento e suspensões do lateral Rafinha, do meia Wellington Rato e do atacante Calleri.
Pelo acerto, Belmonte gravou um vídeo de retratação e ficou impedido de acompanhar o time em jogos do Paulista deste ano.
Globo Esporte