A Federação Paulista de Futebol divulgou nesta segunda-feira o áudio do VAR no clássico entre São Paulo e Palmeiras, que terminou empatado em 1 a 1, no último domingo, no Morumbis, pelo Campeonato Paulista.
Inicialmente, o árbitro de campo, Matheus Candançan, acreditava que Rafael havia atingido a bola. As imagens até indicam que o goleiro do São Paulo, de fato, conseguiu tocá-la, mas também acabou acertando a cabeça de Murilo, zagueiro do Palmeiras.
“Daiane, ele joga a bola, depois a bola vai lá no alto e tem o contato nele. Ele sai na bola, Daiane”, disse Matheus Candançan à árbitra de vídeo, Daiane Muniz.
Após analisar a jogada por diferentes ângulos, a responsável pelo VAR sugere a revisão a Matheus Candançan.
“É falta. O atacante joga a bola e depois o goleiro chega atrasado, de forma imprudente. Toca o atacante. Matheus, recomendo revisão, possível penal, tá? Quem joga a bola é o atacante, ok? O goleiro dá um soco na cabeça dele, vou te mostrar pela [câmera] super slow”, afirmou Daiane Muniz.
Matheus Candançan então se dirigiu à tela do VAR na beira do gramado e concordou com o posicionamento de Daiane Muniz, decidindo marcar pênalti e punir o goleiro Rafael com cartão amarelo.
“Ok, Daiane. Essa daí, para mim, mostra claramente que o Murilo tem a posse da bola, e o Rafael, goleiro, acerta ele com o braço em uma ação temerária. Vou mudar a decisão para penal e amarelo para o goleiro”, pontuou o árbitro de campo.
Houve ainda outros dois lances polêmicos. O VAR também sugeriu revisão a Matheus Candançan em um lance em que Luciano é atingido por Piquerez, por trás, e vai ao chão. Mas, o árbitro manteve sua decisão de campo e preferiu não marcar a penalidade a favor do São Paulo.
Porém, o lance mais escandaloso foi a falta de Richard Ríos em Pablo Maia no lance que resultou no gol do São Paulo. O volante palmeirense protagonizou uma jogada temerária, passível de expulsão, mas o VAR sequer sugeriu a revisão do lance, erroneamente.
ESPN