Camisa 9 defende técnico, afirma que atletas querem o melhor para o Tricolor e pede união: “Vamos seguir todo mundo junto. Com o Carpini, outro treinador, com três treinadores mais”
O atacante Calleri correu contra o tempo para se recuperar e estar à disposição do São Paulo para o jogo contra o Cobresal, na última quarta-feira, em meio à pressão sobre o trabalho do técnico Thiago Carpini.
Autor do segundo gol do São Paulo na vitória por 2 a 0, no Morumbis, Calleri, porém, minimizou uma possível proteção excessiva dos jogadores ao trabalho de Thiago Carpini e disse que jogaria no sacrifício também por outros treinadores depois do rompimento de um cisto na perna direita.
Capitão na segunda rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores, Calleri ainda destacou a importância de elenco, diretoria e comissão técnica se unirem pelo bem do Tricolor.
– Vejo no Twitter muitos dando notícias falsas. Vamos todos para o mesmo lado. Vamos conseguir. Seja com o Carpini ou qualquer treinador. Esse grupo que foi campeão no ano passado está todo junto. Vamos seguir todo mundo junto. Com o Carpini, outro treinador, com três treinadores mais ou os anteriores também. Vamos juntos.
– Eu nunca vi um jogador tirar um treinador. Obviamente, vocês terão coisas para reclamar do Carpini, eu acho válido. As coisas táticas para reclamar dele. Mas hoje a gente ganhou, não da melhor maneira, claro. Eu queria ganhar de 7 a 0, fazer quatro gols, mas não deu. Não estou tão bem. Tenho que melhorar e vou fazer tudo para tentar jogar contra o Fortaleza – disse Calleri.
Um dos líderes do elenco do São Paulo, Calleri disse, também, que “nunca viu” jogadores “derrubarem” treinadores. O atacante afirmou que o elenco do Tricolor confia no trabalho de Thiago Carpini e citou o título da Supercopa do Brasil, sobre o Palmeiras, para justificar que o treinador deve ser mantido no cargo.
– Claro que a gente acredita. Eu também não vi nenhum jogador dizer que não quer um treinador, para tirar. A gente conseguiu um titulo faz meses. Claro que não estamos jogando da melhor maneira. Faz três meses que ganhamos do Palmeiras. Foi nos pênaltis, mas ganhamos, levantamos a taça. Ganhamos do Flamengo, levantamos a taça. Se seguirmos jogando do mesmo jeito, mas levantando a taça… Claro que seguramente o treinador, da porta para dentro, tem muito a melhorar. Os jogadores têm, também.
– Eu tenho muito a melhorar para estar na minha melhor fase. Mas tem que ter um discurso armado (risos). Não sei por que tanta coisa. Isso que eu fico chateado. Tem muita coisa na internet que é mentira. As coisas que saem de dentro do clube tem que ser certas. Temos de estar todos no mesmo lugar. O São Paulo vai conseguir títulos quando torcida, jogadores, comissão e direção caminharem todos para o mesmo lugar. No ano passado, fomos xingados, com razão, demitiram o Rogério, veio o Dorival, não jogávamos do melhor jeito, quase perdemos do América, com todo respeito ao América. E em setembro levantamos a taça da Copa do Brasil, que era tudo o que o torcedor queria – completou.
Calleri ainda falou que os jogadores do São Paulo vão se dedicar pelo clube independentemente de quem seja o treinador no cargo.
– Eu nunca vi um jogador tirar um treinador. eu. Eu nunca vi. Eu joguei no sacrifício pelo Rogério, pelo Dorival. Eu joguei e vou seguir jogando as vezes que eu puder estar dentro de campo. Por qualquer treinador. Eu vou jogar machucado se for preciso. A confiança que ele (Carpini) tem em nós é a mesma que estamos hoje tentando dar para ele. Não é pelo treinador que está hoje. Eu joguei machucado com o Rogério, joguei machucado com o Dorival. E hoje não estou 100%. A camisa do São Paulo exige estar sempre disponível e eu vou sempre jogar do mesmo jeito, machucado ou não.
Em entrevista coletiva, Thiago Carpini disse que se sente respaldado pelos jogadores do São Paulo depois da vitória por 2 a 0 sobre o Cobresal.
Globo Esporte