Thiago Carpini foi para a entrevista coletiva no São Paulo disposto a defender o próprio trabalho. Criticado mesmo com a vitória por 2 a 0 sobre o Cobresal, que amenizou a situação do clube na fase de grupos da CONMEBOL Libertadores, o técnico tentou aliviar a pressão sobre si próprio com argumentos e números.
“Não vejo de uma maneira tão ruim o que apresentamos”, afirmou o comandante são-paulino, para depois usar estatísticas que, na sua visão, mostram como o time dominou a partida por completo. “Tivemos 71% de posse de bola contra 29%, 26 finalizações contra 6, 8 chances de gol contra 0”.
Para Carpini, que completou três meses no São Paulo, as cobranças em cima do trabalho estão acima do tom, sobretudo por se tratar de uma equipe que sofre com diversos problemas de lesões, o que naturalmente impede a repetição de uma equipe por alguns jogos.
“São 60% de aproveitamento com tantas dificuldades. Tivemos jogos ruins, jogos bons, conquistas, eliminações. Tudo já aconteceu. No balanço geral vejo uma cobrança exacerbada, mas temos que respeitar. Não cheguei aqui de graça, cheguei com muito mérito e muito trabalho”, desabafou o treinador.
“Nós estamos com 12 atletas no DM. Como vamos ter continuidade, como vamos ter jogada combinada? Eu me sinto muito confortável no desconforto, eu gosto do desafio. Ainda mais quando sinto o respaldo de quem é importante. O grupo me dá esse respaldo”, disse Carpini, que vê condições para uma temporada acima da média.
“Nós vamos ter conquistas boas e grandes aqui no São Paulo esse ano. Não tenho medo de falar isso porque sei o trabalho que está sendo realizado no dia a dia e respeito as opiniões contrárias, mesmo que às vezes eu discorde”.
ESPN