O São Paulo estreou no Campeonato Brasileiro de 2024 com o pé esquerdo. Na noite deste sábado, os comandados de Thiago Carpini perderam do Fortaleza, por 2 a 1, no Estádio do Morumbis. Após a partida, o treinador apontou uma evolução na sua equipe, mas pontuou erros recorrentes e assumiu a culpa pelo momento do time.
“A queda é nítida. No segundo tempo, se conseguíssemos manter o mesmo padrão de competitividade. O detalhe que move o futebol, que faltou no primeiro tempo foi o gol. Acho que se sai ali seria um outro cenário. Merecíamos mas não aconteceu. No segundo tempo, a gente sofreu com essa queda de concentração, acho que tem um aspecto da ansiedade, emocional, de querer fazer. Por mais que se trate de um início de uma nova competição, é a primeira rodada de 38. Uma competição longa que precisamos de constância. isso foi muito falado nesse período. É preciso jogar bem, pontuar. Temos que estar bem em todas as competições, temos que buscar a vitória em todos os momentos. Caímos de produção no segundo tempo, o nível de atenção, concentração. Tínhamos superioridade no momento do gol. São situações que seguimos trabalhando, evoluindo. São erros recorrentes, incomoda muito. Trabalhamos em cima disso, vemos vídeos. Às vezes acontece dessa maneira. O segundo gol é uma situação de total desequilíbrio, é um fator que precisa trabalhar melhor. A primeira finalização do Fortaleza foi gol. Não tem porque se lançar de qualquer maneira, tem que ser de forma equilibrada. Precisamos ter mais equilíbrio e não podemos estar tão expostos e tomar um gol de contra-ataque. Isso incomoda muito, a mim e aos jogadores. Seguimos trabalhando e buscando essa melhora”, disse Carpini.
“Espero que esse momento ruim passe logo e que as vitórias voltem. No momento negativo, é difícil pontuar coisas boas, parece que está se defendendo, mas existe uma evolução, o primeiro tempo mostrou isso. Mas, o resultado final foi a derrota e o torcedor está chateado, assim como nós”, seguiu.
O Tricolor atravessa um momento conturbado na temporada. Nos últimos quatro jogos, são duas derrotas – uma pela Libertadores e outra pelo Brasileiro, ambas em estreias – uma vitória, e uma eliminação, nas quartas de final do Campeonato Paulista para o Novorizontino.
“A maior parte da culpa é minha. Eu sou o comandante, eu assumo. Seria muito fácil e cômodo para mim apontar os erros. Mas, esse não é meu papel e não é meu perfil. O que tenho que tratar pontualmente trato internamnete. Sou muito chato com eles, cobro bastante. Temos uma relação boa.EU falo para eles: se querem ouvir a verdade perguntem, se não, não. Vou falar o que a gente precisa ouvir, começando por mim. Dividimos a responsabilidade, por mais que o torcedor culpa o treinador. É o ônus da profissão. Internamente, eles se cobram muito, tem o bate-papo deles e sabem que precisamos evoluir. Preciso falar dos meus erros e ainda vou errar e acertar muito na carreira, é um processo de aprendizagem. Existem coisas a melhorar. A responsabilidade é voltada ao treinador e não me incomodo com isso. Eu quero que os jogadores estejam tranquilos, em paz, felizes para trabalhar e desenvolver o que precisa, com melhorar e parcelas de responsabilidade, mas a gente trata isso internamente”, continuou o treinador.
“É difícil nesse momento pedir paciência para o torcedor do São Paulo. Um torcedor que faz uma festa linda no Morumbi. Hoje mais de 35 mil pessoas. Fantástico. A gente fica cada vez mais chateado por não dar a resposta que gostaríamos. O torcedor ir feliz para casa, a gente estrear bem no Brasileiro, manter o nível de jogo para sair com resultado melhor. Entendo a chateação. Seguimos trabalhando, um pouco de paciência, por mais que seja difícil”, finalizou.
O São Paulo, sem somar ainda nenhum ponto no Brasileirão, enfrenta o Flamengo na segunda rodada da competição. O compromisso agora é no Maracanã, na quarta-feira, às 21h30 (de Brasília).
Gazeta Esportiva