Hernan: Mercado sabe que São Paulo buscará técnico se Carpini perder quarta

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O jogo do São Paulo contra o Cobresal, amanhã (10), às 21h30, no MorumBis, pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores, é de vida ou morte para o técnico Thiago Carpini. A informação é do colunista André Hernan, no De Primeira.

Se o São Paulo perder, Carpini será demitido, apurou Hernan. Segundo o colunista do UOL, a pressão interna pela demissão do treinador é muito grande sobre o presidente Julio Casares, e o mercado já se movimenta nos bastidores para a possível troca de técnico.

A questão toda é muito simples: um resultado ruim, um revés no MorumBis na quarta-feira, vai ser o fim da linha para o Carpini. Internamente, quando você vem buscar versões da diretoria sobre o Carpini, o que vem é isso — São Paulo tem treinador, nós acreditamos, precisa dar tempo ao trabalho, aquela coisa protocolar. Nos corredores do Morumbi, há pressão em cima do Casares, o Casares sabe dessa pressão e vai ser muito difícil ele segurar em caso de resultado ruim. A pressão é a seguinte: perdeu, vamos procurar outro treinador, tchau, não dá mais para o Carpini.”

Ontem, eu estive na festa da Federação Paulista e tinha muito intermediário, muito empresário. E os empresários já estão se movimentando, já há um movimento do mercado para treinadores do São Paulo. O mercado já sabe que jájá o São Paulo vai buscar um treinador, já existe esse movimento. Então, já está muito claro, exposto e escancarado. É assim que o mercado funciona: ‘Olha, o Carpini está balançando, se perder, está fora’.

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No CT da Barra Funda, o lema do São Paulo é “trabalho e foco” no jogo contra o Cobresal, acrescentou Hernan. O Tricolor perdeu a primeira partida do grupo B, contra o Talleres, na Argentina, e busca seus primeiros pontos na Libertadores — competição tratada como prioridade na temporada.

Da porta do CT para dentro, é trabalho, foco, buscar alternativas, o time vai estar todo remendado, o importante é vencer para sobreviver. Vencer, sobreviver e tentar fazer com que a torcida mude de ideia, jogo a jogo convencer a torcida que o trabalho pode dar reviravolta. Aí os jogadores lesionados voltam, baixa a poeira, uma vitória aqui, dá uma acalmada no ânimo. São três frentes hoje que existem no São Paulo: a frente oficial, que é a do ‘temos treinador’; a frente que é pressão no Morumbi, a corneta que está insustentável, que é a ‘perdeu, está fora’; e a versão do CT para dentro, que é ‘vamos trabalhar, tem que vencer, jogo no Morumbi lotado, pressão gigante, adversário tecnicamente mais fraco, sem tradição nenhuma na Libertadores, é obrigação vencer, trabalha, foco’.

Ontem, eu soube que o Carpini chegou às 7h no CT e saiu às 21h30, exausto, trabalhando muito, completamente esgotado, focado na vitória e buscando alternativas. Conversando com Reffis, com auxiliares, com jogadores, puxando de canto, estudando, trabalhando o Cobresal.

André Hernan

UOL