O técnico Luis Zubeldía chegou a pouco mais de um mês, mas já mudou o São Paulo dá água para o vinho. Em pouco tempo de trabalho, o comandante argentino conseguiu transformar a defesa da equipe tricolor para muito melhor do que era com Thiago Carpini.
No último domingo, o São Paulo derrotou o Cruzeiro, no Morumbis, pelo Campeonato Brasileiro, e chegou ao quarto jogo consecutivo sem ser vazado. Em dez partidas à frente do time, são apenas quatro gols sofridos e 19 marcados.
Ainda invicto sob o comando do São Paulo, Zubeldía explicou como melhorou a defesa tricolor. Ele acredita que para marcar bem, o time precisa fazer um bom trabalho com a bola no pé. E, sem a bola, tem que estar organizada. Diante do Cruzeiro, o treinador acredita que a equipe falhou nestes dois processos.
“Hoje podemos atribuir o sucesso defensivo a uma grande atuação do Rafael, né? A expectativa de gols a nosso favor abaixou um pouco hoje, apesar de termos feito dois gols. E a expectativa de gols contra aumentou um pouco. De toda maneira, a equipe entendeu bem o tema defensivo. Mas quando eu digo em controle de jogo, falo de posse. A eficácia do passe. Isso não tivemos. E por isso tivemos que defender mais do deveríamos, correr mais que o normal. Salvo um engano, é a primeira vez que perdemos a posse no primeiro tempo. Contra um rival que tinha boa eficácia nos passes em progressão. Isso é letal, e por isso nos complicaram”, avaliou o técnico.
“Acredito que temos fazer bem os dois processos. Quando temos a bola, temos que ter muitas opções de jogo. E creio que essa parte não fizemos bem. Ao não fazer bem, favorecemos os passes em transição. Se queremos defender bem, temos que fazer bem o processo sem e com bola. Se não, seremos uma equipe desequilibrada. Recuperamos a bola, e perdemos. Recuperamos de novo, e perdemos de novo. Assim é impossível. Se ficarmos muito tempo com a bola, nós temos que trabalhar bem. Sem ela, temos que ter uma boa organização. Hoje fomos mal nas duas. Mas creio que esta primeira incentivou a segunda”, acrescentou.
Sob o comando de Thiago Carpini, o São Paulo sofreu 19 gols em 18 jogos. Uma média superior a um gol por partida.
O ataque, que já era forte com Carpini (26 gols em 18 jogos), subiu ainda mais de produção com Zubeldía. Agora são 19 tentos em apenas dez compromissos.
Zubeldía, desta forma, vive o melhor início de um técnico pelo São Paulo desde Pepe, que arrancou com nove vitórias e um empate nos primeiros dez jogos em 1986. Já o argentino detém oito triunfos e dois empates.
Com incrível aproveitamento de 87%, o treinador fez a equipe embalar na temporada. Classificada às oitavas de final da Copa do Brasil e da Sul-Americana, o time ainda entrou no G4 do Brasileirão com a vitória em cima do Cruzeiro.
O São Paulo agora ficará mais de uma semana sem entrar em campo. O próximo compromisso do time é no dia 13 de junho (quinta-feira), diante do Internacional, no Estádio Heriberto Hulse, em Santa Catarina. A partida, que é válida pela sétima rodada da Série A, está marcada para as 20h (de Brasília).
Gazeta Esporte