Árbitro de Atlético-MG x São Paulo apita na várzea no interior de SP, mas se esquiva da polêmica com Zubeldía

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Marcelo de Lima Henrique foi tietado, deu seu cartão de presente para uma criança e, em entrevista exclusiva, disse que sabe “que não vai agradar todo mundo”

Três dias depois de apitar o polêmico Atlético-MG x São Paulo pelo Brasileirão, Marcelo de Lima Henrique foi o árbitro da final do campeonato amador de Várzea Paulista, no interior de São Paulo, na manhã deste domingo.

O carioca de 52 anos deu entrevista (veja logo acima) ao repórter Gustavo Netto, da TV TEM, e evitou falar do jogo da última quinta-feira que irritou o técnico Luis Zubeldía, que deu até soco no painel de entrevistas. O Tricolor enviou ofício à CBF em que contesta a arbitragem e reclama de três lances.

A partida apitada pelo árbitro neste fim de semana foi no campo do Jardim Paulista, em Várzea Paulista, cidade que fica ao lado de Jundiaí e a menos de uma hora da capital São Paulo.

A final da várzea terminou com o título do Real Bertioga, que venceu o Atlântico por 2 a 1 em uma decisão que atraiu mais de cinco mil torcedores.

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Perguntado pelo repórter sobre a polêmica do Brasileirão, Marcelo de Lima Henrique interrompeu o questionamento e disse: “Várzea Paulista, Várzea Paulista”, indicando que iria falar apenas da final do amador. O árbitro destacou a várzea e reconheceu “que não é perfeito, que erra e acerta”.

– Aqui (várzea) é onde comecei. Aqui é onde o futebol respira e aqui tem que apitar, meu irmão, se não o bicho pega. Aqui é minha terra, minha casa, trato todo mundo com respeito, com humildade. Hoje vimos aqui um grande jogo. Obviamente não sou perfeito, a gente erra e acerta, mas sou apaixonado por isso aqui. Quando estou na várzea, eu estou muito feliz ainda mais com uma organização maravilhosa como a do Oziel – disse o árbitro.

– O árbitro treina quando ele apita. Aqui (várzea) é o treino técnico e mental. É uma maneira de treinar e eu agradeço esse convite. Sei que eu não vou agradar todo mundo, mas esse povo respeitoso faz valer a pena estar na várzea – completou Marcelo de Lima Henrique em entrevista à TV TEM.

O árbitro recebeu um cachê de cerca de sete mil reais para apitar a final do amador. Depois da partida, Marcelo foi até tietado por uma criança, que ganhou de presente seu cartão personalizado (veja foto abaixo). Nauara Kherollyn, de oito anos, contou ao juiz que já o conhecia da televisão.

Globo Esporte