A CBF terá reuniões semanais com os clubes das Séries A e B do Brasileirão, de forma virtual, para, segundo a entidade, ter “debate técnico, amplo diálogo e esclarecimentos sobre as ocorrências de todas as questões que envolvem arbitragem no futebol brasileiro”.
Os encontros virtuais acontecerão às segundas-feiras e poderão contar com a participação de um representante de cada clube envolvido nas rodadas imediatamente anteriores, além de um representante de cada federação. Eles conversarão com membros da Comissão de Arbitragem.
A entidade admitiu aos clubes que constatou um “significativo aumento” nas críticas à arbitragem — tanto de campo como do VAR — e que as reclamações “em algumas ocasiões se mostram pertinentes”.
No ofício aos clubes, no entanto, a Confederação Brasileira de Futebol disse investir “não apenas nos melhores equipamentos, mas, sobretudo, no aperfeiçoamento do ser humano que presta os mais variados serviços”. A entidade disse que “dispõe de profissionais especializados, constantemente submetidos a rigorosos programas de treinamento e reciclagem”.
Ainda antes do início das reuniões virtuais, as equipes foram convocadas para uma reunião na sede da CBF, na próxima sexta-feira (23), para “ampla discussão sobre o tema arbitragem”. O objetivo é ouvir sugestões e esclarecer dúvidas. O encontro terá a presença de Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem, e Péricles Bassols, gerente técnico do VAR.
Na última rodada, o presidente do Vitória, Fábio Mota, desabafou sobre atuação da arbitragem no empate por 2 a 2 diante do Cruzeiro. Ele reclamou de uma mão no lance do segundo gol da equipe mineira.
“Isso coloca uma série de dúvidas na nossa cabeça. Será que todo mundo viu que foi mão e o VAR não mostrou por quê? Tem uma imagem exclusiva que não foi mão? Se tiverem essa imagem, cai por terra tudo que estou falando aqui. Mas é escandaloso, é vergonhoso. Será que Corinthians e Fluminense precisavam disso para não cair e o Vitória cair?”, disse.
Também no fim de semana, o Palmeiras reclamou bastante de um suposto pênalti não marcado contra o São Paulo.
ESPN