Palmeiras x São Paulo: Procuradoria denuncia jogadores, cartola e clubes por briga

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Jogadores como Zé Rafael, Rodrigo Nestor e Sabino podem pegar pena de até 12 jogos; STJD também julgará clube alviverde por supostos gritos homofóbicos da torcida

A Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) denunciou os principais personagens das confusões durante e depois do duelo entre Palmeiras e São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro, no último domingo, no Allianz Parque.

O primeiro incidente do duelo aconteceu ainda com a bola rolando. O auxiliar técnico do Palmeiras, João Martins, foi expulso após dizer ao árbitro Raphael Claus: “Tem que apitar para os dois lados, seu critério é uma vergonha, a arbitragem aqui é uma vergonha”.

A sua pena pode ser de multa, de R$ 100 a R$ 100 mil, e suspensão de uma a seis partidas, provas ou equivalentes. O mesmo se aplica ao diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros. Ao final do primeiro tempo, ele disse: “Claus, qual o seu problema com a nossa comissão técnica? Se você tem problema, é melhor não apitar mais. Você é tendencioso.”

O clube alviverde contesta o relato do árbitro Raphael Claus sobre as falas de Anderson Barros e irá entrar com representações nos tribunais.

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Dos jogadores

Após o duelo, uma briga generalizada começou depois de uma provocação de gandulas do Palmeiras a jogadores do São Paulo. Na saída do túnel para os vestiários, o zagueiro Sabino, do Tricolor, agrediu Fernando Gallupo, funcionário do Palmeiras e historiador do clube.

Pelo ato, ele foi enquadrado no artigo 254-A, do CBJD, que é conduta violenta. Sua suspensão pode ser de quatro a doze partidas.

O mesmo foi aplicado a Zé Rafael, do Palmeiras, e Rodrigo Nestor, do São Paulo. Já dentro do túnel dos vestiários do Allianz Parque, o volante do Verdão pegou no pescoço do são-paulino, que revidou com um soco.

Assim como Sabino, os dois podem ser suspensos entre quatro e doze partidas. Os dois gandulas que iniciaram a confusão podem sofrer punições.

Gritos homofóbicos

O Palmeiras ainda foi enquadrado no artigo 253 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva pelos gritos homofóbicos de alguns torcedores durante o jogo. Alguns palmeirenses gritaram “vai para cima delas” durante a partida.

Em outro trecho, quando o lateral Patryck é atendido em campo por socorrista após sofrer um trauma na cabeça, no segundo tempo, pode-se ouvir um torcedor dizer “mais uma bicha morta”.

A pena para essa conduta é de R$ 20 mil e condenação da equipe à perda de um mando de campo.

Tanto Palmeiras quanto São Paulo também foram enquadrados no Art. 257, que é participar de rixa, conflito ou tumulto, durante a partida. A multa pode chegar até R$ 20 mil.

Globo Esporte