Revelado pelo Tigre, atacante ex-Inter de Milão e seleção italiana está há três meses com novos hábitos
A despedida do futebol do atacante Eder veio no fim de agosto, no confronto com o Atlético-MG. Na semana seguinte, o anúncio como coordenador de futebol do Criciúma. Com nova rotina e hábitos, como os treinos de boxe, o ex-Seleção Italiana recebeu o ge para uma conversa dos primeiro meses como dirigente.
— Vivendo a vida e, vamos dizer assim, sem dores. Eu brinco com a minha esposa, acordar sem sentir nada é muito bom. Antes, acordava cheio de dor, então acho que essa é a parte nova de todo esse processo — Eder Citadin.
— É uma gestão no geral, no dia a dia, de controlar as melhorias que a gente pode fazer no grupo, as melhores condições que a gente pode dar seja para comissão ou jogadores, para eles estarem concentrados 100% só nos jogos e depois todos juntos a gente chegue no objetivo principal – explica ao ge.
Desde que disse adeus aos gramados, ele vem procurando a rotina de exercícios físicos. E além das corridas, viu no boxe uma oportunidade de conhecer novos esportes.
— Eu sempre gostei, sempre tive companheiros que fizeram. E pensei vou fazer. Fui atrás, comecei a fazer e estou gostando bastante. É um esporte muito diferente, eu pensava que o boxe era só você ir ali e dar soco. É completamente diferente, é um esporte muito técnico — conta.
Revelado pelo Criciúma, ele fez boa parte da carreira na Itália – defendendo times como Internazionale, Sampdoria, Frosinone e Seleção Italiana. O retorno ao time catarinense aconteceu no início de 2023 – conquistando bicampeonato Catarinense, Recopa e vestindo a camisa do tricolor mais de 100 vezes.
Sofrendo com as dores lombares, na coletiva de 100 jogos com a camisa do Tigre, revelou que sabia que a despedida estaria próxima. Semanas depois, o anúncio da aposentadoria aconteceu de forma oficial.
— Tenho uma saudade, mas vamos dizer que é uma saudade boa. Assim que eu parei, eu brinquei com os meninos, acho que com o Rodrigo e o Hermes, e falei ‘olhando de fora e a gente já estava nesse nível?’ e eles falaram que sim, então eu demorei para parar, vocês estão muito rápido — conta.
São quase três meses vivendo a nova rotina de reuniões, ligações, responder mensagens e ficar de olho no mundo do futebol. E a pergunta que fica: é mais fácil jogar bola ou ser coordenador?
— Eu brinco com eles, porque antes eu pensava em só chegar aqui, me cuidar, treinar bem para jogar. Agora, às vezes, venho para o clube de manhã ou começo da tarde e saio só sete, oito horas. Com certeza, era mais fácil jogar — revela rindo.
No Brasil, defendeu também o São Paulo, próximo adversário do Criciúma, nas temporadas de 2021 e 2022. Foram 75 jogos, 11 gols e quatro assistências. O Tigre recebe o time paulista no sábado, às 21h (de Brasília), pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro.
— É um clube que eu tenho carinho e vai ser um grande prazer rever meus amigos, mas que ganhe o Criciúma, com certeza. Vai ser um jogo difícil, mas em casa nós temos totais condições de fazer uma boa partida — disse.
Fonte: Globo Esporte