São Paulo vai apertar os cintos, mas brigará por títulos, diz Casares

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O presidente Julio Casares acredita ser possível ao São Paulo disputar títulos mesmo com um investimento que não extrapole as diretrizes acordadas para o Fundo de Investimento recentemente anunciado em parceria com a Galapagos Capital.

Para viabilizar a operação e convencer o mercado, o Tricolor se dispôs a seguir uma série de diretrizes financeiras. O movimento foi um recado de mudança para passar credibilidade.

Os valores, porém, vão fazer o São Paulo ‘apertar os cintos’ no quesito grandes investimentos. A tendência é de uma janela de contratações bastante enxuta.

Mesmo assim, o presidente Julio Casares acredita que é possível disputar títulos seguindo as diretrizes. Ele salienta que não é “uma camisa de força”, mas que o clube vai precisar ser criativo.

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Continuar competindo por títulos. “Quando chegamos em 2021, estávamos em meio a uma pandemia, com quatro processos na Fifa, quase transfer ban, e o São Paulo foi campeão paulista. Depois, em 2022, com orçamento enxuto e criatividade da área de futebol, chegamos em duas finais. Em 2023, o time foi campeão da Copa do Brasil. Em 2024, da Supercopa. Há a possibilidade de continuar competindo. A área de futebol terá que ser muito mais criativa do que é, e está sendo muito, é só ver as contratações. Sempre gosto de dar exemplos: como o Alisson chegou, como foram promovidos os garotos da base, enfim. Toda essa dinâmica continua”.

Clube vai precisar ser criativo. “Não é uma camisa de força, nós temos regras orçamentárias e vamos ter de cumpri-las, mas como nosso marketing também é muito ostensivo, a cada novo contrato você vai trazer um benefício de elevação financeira, como se fosse modular, para que a área de futebol possa ter sua tranquilidade. Quando vender jogadores também, e quando trouxerem contratos como o São Paulo fez com naming rights, patrocínios, Live Nation… O São Paulo tem que ser criativo em todas as áreas e eu não acredito que isso venha obstar a competitividade. Quando olho para trás e vejo que a situação era bem pior que essa e ganhamos um título em 21, disputamos finais de 22, ganhamos títulos em 23 e 24, agora chegamos nas quartas de final. Claro que queríamos prosseguir, mas disputamos contra um time que é SAF e cujo investimento em futebol é maior que o faturamento anual. Então, acredito que o futebol lá na frente comece a trabalhar no Fair Play financeiro que é importante para todo mundo e temos que fazer nossa lição de casa”.

Objetivo do segundo mandato. “Tínhamos isso previsto: primeiro mandato era devolver a autoestima do torcedor, organizar a estrutura, trazer compliance, ter um marketing efetivo e isso tudo aconteceu. Estádios lotados, recorde de público, voltamos a ganhar clássicos. Agora, são dois pilares: aspecto financeiro que já estamos atacando e a base. A base vai ser nossa estratégia daqui para frente até porque precisamos melhorar nossa qualidade de jogadores nível A, vamos olhar o mercado também, jogadores que querem vir para cá. Vamos lutar para captar com nossos captadores grandes talentos espalhados pelo Brasil.”

Fonte: UOL