O São Paulo completará 100 anos de existência apenas em 2030, mas já começa a vislumbrar projetos para o centenário. Há dois temas que interessam diretamente aos torcedores: o estádio Morumbis e a possibilidade de criar uma SAF, o que permitiria a venda de percentuais do futebol. O diretor de marketing do clube, Eduardo Toni, falou sobre os dois assuntos em entrevista coletiva nesta quarta-feira (30).
Em relação ao estádio, o dirigente deixou claro que ainda não tem nada concreto para apresentar ao torcedor. Ele explicou em que pé está a parceria com a WTorre, que também é a administradora do Allianz Parque, casa do rival Palmeiras.
“Nós temos um acordo inicial com a WTorre, que ela tem até o fim desse ano para apresentar para o São Paulo um projeto completo do estádio, de reforma e ampliação do Estádio do Morumbis. Apresentar do ponto de vista total: custos, design, parcerias, modelo de negócio”, afirmou.
“E aí a gente tem um período de entendimento, de análise interna, e, havendo um acordo quanto a isso, a gente vai primeiro passar para os órgãos internos do São Paulo. Nós vamos aprovar em todos os conselhos, aprovar com a coletividade são-paulina interna, com sócios, e depois, em um segundo momento, nós vamos mostrar isso para a torcida do São Paulo”, seguiu.
“Imagino que esse processo seja para o primeiro trimestre, para apresentar para toda a coletividade, deva ser no primeiro trimestre do ano que vem. A gente tem até o fim desse ano para fazer isso”, completou.
Um dos desejos de parte da torcida são-paulina é a ampliação da capacidade da casa do Tricolor, que hoje gira em torno de 65 mil pessoas. Esse número deve aumentar na futura reforma.
“Esse ajuste fino está sendo feito agora. Depende da quantidade de camarotes, depende da quantidade de cadeiras. A gente imagina que esteja entre 80 e 85 mil lugares”, projetou Eduardo Toni.
SAF ainda não está no radar
A criação de uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no São Paulo ainda não está no radar dos dirigentes, garantiu Toni. O diretor de marketing, no entanto, pontuou que isso pode acontecer mais para frente, sem ser algo projetado para o centenário.
“O Julio (Casares) dizia, desde o primeiro momento na campanha de eleição dele: ‘O São Paulo não vai ser a primeira SAF e nem vai ser a última’. Teve um primeiro momento das SAFs. Agora, talvez a gente entre em um segundo momento. Não é alguma coisa que nós temos no radar, não é alguma coisa que esteja no nosso planejamento para 2030”, disse.
“Não é um plano que estamos trabalhando para 2030. Não pensamos em fazer a SAF. O estádio é um equipamento que pode ficar fora de uma possível SAF, como, por exemplo, o caso do Vasco, em que São Januário, salvo engano, não fazia parte do projeto da 777. Então, você tem modelos de negócio para o estádio. O estádio é um equipamento do São Paulo e não consigo imaginar o São Paulo abrindo mão desse equipamento”, finalizou, voltando a abordar o Morumbis.
Os esclarecimentos de Eduardo Toni aconteceram no mesmo dia em que o São Paulo apresentou a primeira cota de patrocínio para o centenário. O clube renovou o vínculo com a Ademicon, que terminava no fim deste ano, até dezembro de 2030 — o que o Tricolor definiu como um dos contratos mais longos da história do futebol brasileiro.
Fonte: ESPN