Em entrevista ao podcast “Denílson Show”, o lateral-direito Rafinha contou detalhes da passagem de James Rodríguez pelo São Paulo e revelou que brigou com o colombiano.
O ala foi um dos grandes entusiastas da contratação do meio-campista por parte do Tricolor, em agosto de 2023, inclusive ajudando a convencer o astro a aceitar a proposta da equipe brasileira, já que ambos jogaram juntos no Bayern de Munique e são amigos.
Rafinha revelou, porém, que James não quis entrar no mesmo ritmo do restante do elenco são-paulino, dizendo que “não era seu estilo” treinar forte. Desta forma, o colombiano acabou perdendo espaço e prestígio, sendo “atropelado” por Lucas Moura.
De acordo com o lateral, isso acabou resultando em uma conversa mais tensa com James, que terminou “zangado” depois de receber uma cobrança mais forte por parte do amigo.
“(James é) Meu parceiro, irmão, mas brigamos aqui (no São Paulo)… Ele ficou bravo porque eu fui chamar a atenção dele, né? Jogamos juntos no Bayern, fomos campeões de tudo. Ligamos para ele as férias inteiras para vir para cá, sempre dando aquela força. Aí, chegou aqui…”, iniciou.
“O James é o Ronaldo da Colômbia, camisa 10, capitão, estrela maior dos caras. É craque, um fenômeno jogando. Só que, no São Paulo, eram um monte de ‘soldadinhos’. Só que ele chegou e achou que tinha que chegar jogando. E aí a gente foi dando uns toques nele, para treinar um pouco mais, fazer um trabalho mais fora para entrar em forma logo, e aí ele reclamava: ‘Mas não é meu estilo’. E realmente… Ele não corria nem no Bayern, como é que vai correr aqui? Mas (no Bayern) era outro jogo, outro time”, argumentou.
“Aí foi passando o tempo e ele sentiu que não estava com o prestígio que ele sentia. Na hora que ele chegou, quem tinha esse prestígio era o Lucas, que era e continua sendo o nosso craque. O Lucas é um fenômeno, uma máquina. Lucas estava atropelando, e o James mais na dele”, seguiu.
“Então, (James) se sentiu desprestigiado, queria mais atenção para ele. Só que não tinha como. (O técnico) Dorival (Júnior) chegou para ele e falou: ‘Do jeito que você treina, como que vou te usar, vou tirar quem do time?'”, relatou.
“No dia que a gente chamou (James) para conversar, ele ficou zangado comigo… Eu falei: ‘Não sou treinador, sou jogador igual a você, se quiser que eu fale alguma coisa para ajudar, vamos falar’. Aí ele baixou um pouco a guarda”, salientou Rafinha.
Ainda segundo o experiente ala, apesar de não se esforçar nos treinos, o meio-campista jamais faltou a algum trabalho ou deu “migués” para não aparecer no CT da Barra Funda.
“Tem que ser sincero: (James) foi profissional. Nunca faltou com respeito, nunca chegou atrasado, o papel dele fazia certinho. É bom falar também, porque o torcedor só vê a gente no sábado ou domingo. Às vezes tem imagem do James preguiçoso, mas é diferente. No nosso time, não tinha como tirar ninguém”, finalizou.
James Rodríguez deixou o Morumbis após a Copa América deste ano, tendo feito apenas 22 partidas pela equipe, com 2 gols e 4 assistências.
Atualmente, ele defende o Rayo Vallecano, da Espanha, mas também sem grande destaque. Até o momento, ele registra só 136 minutos em 6 partidas pela equipe de Madri, sem gols ou assistências.
Fonte: ESPN
