Atacante argentino jogou 35 partidas com o treinador; quando ele marca, retrospecto é bom
Calleri tem alto grau de importância para Luis Zubeldía na equipe do São Paulo. Apesar de viver um jejum de cinco partidas, vem sendo exaltado pelo treinador por sua disposição tática em campo.
Contra o Athletico-PR, na vitória por 2 a 1 de sábado, o atacante foi sacado aos 40 do segundo tempo e viu o seu substituto, André Silva, marcar o gol da vitória. Em entrevista coletiva, porém, Zubeldía admitiu que tem preferido deixar o camisa 9 o máximo possível dentro de campo.
– Não sou de trocar muito o atacante, sobretudo quando ele está consolidado, quando é um jogador que já mostrou muito, que tem energia, nos dá muita personalidade, como é o Calleri. Não sou de tirar a confiança de jogadores que são muito importantes para o jogo – explicou, na última coletiva.
O que dizem os números
Na temporada, Calleri soma 50 partidas, sendo 35 com Zubeldía. Com ele, o atacante foi titular em 31 jogos e saiu do banco em outros quatro. E, na maioria das vezes, não foi substituído. Foram 18 jogos em que começou e terminou como titular (58%) e outros 13 em que acabou sacado (42%).
Dez das 13 substituições, porém, aconteceram só depois dos 35 do segundo tempo, exatamente como ocorreu contra o Athletico. Outro dado interessante é que André Silva é, de fato, o seu principal substituto. Foram oito vezes que ele entrou na vaga do titular ao longo dos jogos do Tricolor.
Antes da substituição contra o Athletico, Zubeldía deixou Calleri em campo em tempo integral de partida por cinco jogos consecutivos, contra Botafogo, Corinthians, Vasco, Criciúma e Bahia. Apesar do jejum, ele deu assistências contra Vasco (gol de Luciano) e Criciúma (gol de Liziero).
Deixar Calleri em toda a segunda etapa, aliás, às vezes dá resultado. Dos nove gols marcados por ele sob a gestão de Zubeldía, sete saíram na segunda metade do jogo.
Na temporada, são 14 gols e um tabu favorável: o São Paulo não perdeu nenhum jogo nos 90 minutos quando Calleri marcou. Foram 11 vitórias e três empates. O último deles, porém, foi diante do Botafogo, por 1 a 1, na eliminação da Libertadores nas penalidades, com erro do próprio Calleri.
Fonte: Globo Esporte