Tricolor Paulista diminui em 15% a quantidade de atletas no DM em relação a 2023. Pablo Maia perde 80% dos compromissos de 2024 após contusão grave em abril; veja balanço do DM
O São Paulo reduziu a rotatividade de jogadores no departamento médico em 2024. O número caiu dos 55 casos de 2023 para 47 este ano – uma queda de 15%. Os dados apontam, porém, que as 47 baixas médicas do ano ainda são elevadas se comparadas ao restante dos clubes da Série A. Apenas o Fluminense teve o DM mais cheio.
Desde que o ge começou a acompanhar lesões e problemas físicos dos times da elite, em 2016, o São Paulo vem mantendo um número elevado de atletas no departamento médico a cada ano. Os 33 casos de 2020 foram a melhor marca alcançada. A média é de 48 por ano. O recorde deste recorte é de 2016, com 58 contusões. Veja mais abaixo:
tempo de exposição a treinos e jogos e no prazo médio de recuperação. A incidência de lesões em nossos atletas ficou 58% abaixo da média de 8,1 lesões a cada 1000 horas de exposição reportada na literatura científica – divulgou o clube em nota.
Além disso, o Tricolor Paulista informou que um jogador do clube demora em média menos tempo para retornar aos treinos após uma lesão do que os padrões identificados por estudos internacionais.
– Somente dez lesões demandaram um prazo superior a 28 dias de recuperação (considerando da entrada do atleta no DM até a liberação para a preparação física), oito a menos do que em 2023. O Tricolor celebrou, por exemplo, a acelerada recuperação do volante Alisson, que sofreu uma fratura no tornozelo direito no dia 17 de julho e retornou aos treinos sem restrições no dia 29 de outubro, pouco mais de três meses depois, superando os prognósticos de volta ao futebol somente em 2025.
A fratura no tornozelo direito de Alisson o tirou de combate de 23 compromissos oficiais do São Paulo até voltar a ser relacionado. No entanto, ele não foi quem mais desfalcou o Tricolor Paulista por lesão nesta temporada. Outro volante assumiu o posto.
Pablo Maia era titular da equipe até o final de abril, quando sentiu incômodo na coxa durante um treino e foi diagnosticado com uma lesão do tendão conjunto do semitendíneo e bíceps femoral da coxa esquerda. Ele precisou passar por cirurgia e não voltou a atuar pelo São Paulo na temporada. Ao todo, foram 48 partidas fora por lesão – 80% dos jogos do time em 2024.
Balanço DM São Paulo 2024 – Pablo Maia perdeu quase 50 jogos lesionado; Rato e Moreira foram ao DM 4 vezes — Foto: Infoesporte
A imagem acima mostra ainda que João Moreira e Wellington Rato foram os que mais passaram pelo estaleiro na temporada: quatro vezes cada. O lateral-direito foi ao DM todas as vezes para tratar problemas musculares na coxa. Já o meia-atacante perdeu 20 jogos na temporada para cuidar de contusões na coxa, na panturrilha e no tornozelo.
A mais grave lesão de Rato foi uma sindesmose no tornozelo esquerdo, sofrida na estreia do São Paulo na Libertadores, contra o Talleres. O jogador perdeu 14 partidas tratando o problema. O Tricolor Paulista perdeu outros dois jogadores neste duelo: o lateral Rafinha e o meia Lucas Moura. Rafinha fraturou a fíbula esquerda e foi desfalque em 21 jogos. Lucas teve uma contusão muscular na região posterior da coxa esquerda e ficou longe dos gramados por dez compromissos.
O caso de Lucas é exemplo do local do corpo de maior incidência de lesões no elenco do São Paulo em 2024: a coxa. Foram 21 problemas musculares neste local. Tornozelo e joelho aparecem na sequência.
Confira abaixo o infográfico especial com os detalhes:
Balanço DM São Paulo 2024 – 21 problemas médicos de jogadores do São Paulo no ano foram na coxa — Foto: Infoesporte
*Colaboraram Bruno Giufrida, Leonardo Lourenço e Marcelo Braga
Critérios e Metodologia
As informações levantadas para esta pesquisa foram retiradas no site oficial do São Paulo e apuradas junto aos setoristas do ge no dia a dia.
O recorte temporal deste levantamento foi de 01 de janeiro de 2024 até a data da publicação desta matéria: 20 de dezembro de 2024. Todas as baixas médicas sofridas pelos jogadores fora desse universo temporal não entraram na pesquisa.
O critério para inclusão de um atleta no levantamento foi o veto pelo departamento médico de pelo menos uma partida oficial por motivo clínico. Todos os problemas médicos que impediram a escalação do jogador na equipe para a partida seguinte foram computados no levantamento. Jogadores poupados e com desgaste físico não entraram na conta assim como problemas fisiológicos.
Fonte: Globo Esporte