O presidente do São Paulo, Julio Casares, admitiu que ficou surpreso com uma “alfinetada” de Leila Pereira, mandatária do Palmeiras, sobre clubes que viajam ao exterior para realizar pré-temporada. A palmeirense disse na última segunda-feira (13) que fazer pré-temporada fora do país “é para dirigente passear, porque não tem nenhum benefício para o atleta, não tem benefício financeiro para o clube”. O Tricolor está fazendo a preparação nos Estados Unidos.
“Temos (uma relação). Eu me surpreendi. Não tem mágoa nenhuma, tanto que nossa resposta foi no sentido de que não falo de outra instituição e é verdade. Tenho tantos problemas para cuidar e objetivos que não tenho tempo para passear. Sou muito ativo no que faço, por isso estou na rede social de forma ampla. Na verdade, nosso compromisso é trabalhar para o bem do futebol. Eu falar de outra instituição, não estou fazendo o bem para o futebol”, disse Casares, em entrevista ao UOL.
“Acredito que foi o momento de um descuido, mas não senti esse problema para o São Paulo. Como ela generalizou que serve para ‘dirigentes passearem’, aqui tem dirigentes sérios. Estava falando com o Pedrinho, dono do Cruzeiro, o Bap, que foi eleito no Flamengo, o Sérgio, presidente do Atlético-MG. O Fortaleza também fará jogo por aqui. Quem foi convidado deve ficar feliz. Nós fomos e estamos aqui. Conforme depoimento dos atletas, uma grande pré-temporada, talvez a melhor do São Paulo”, seguiu.
“Vejo muita gente falar que não traz dinheiro. Traz, sim. Senão, não estaríamos aqui. É importante para o mercado. Todos os clubes do mundo fazem pré-temporada e não podemos ir na contramão disso. Estou feliz, jogadores também. É importante não só a nível de performance, mas como instituição que quer abrir seus horizontes”, completou.
O São Paulo vai encarar o Cruzeiro, nesta quarta-feira (15), às 21h30 (de Brasília), e o Flamengo, no próximo domingo (19), às 17h (de Brasília).
O presidente são-paulino também falou sobre ter “furado” o anúncio de reforços do São Paulo. Nas contratações de Oscar e Enzo Díaz, o mandatário publicou sobre o assunto em suas próprias redes sociais antes de o clube se pronunciar oficialmente. Ele chamou as críticas a essas atitudes de “hipocrisia”.
“Gosto de registrar fatos do dia a dia, não escondo nada. Nesse caso, na minha impressão, existe um pouco de hipocrisia. Veja bem, vamos pegar o Enzo: ele chegou em São Paulo e já foi entrevistado no aeroporto, todo mundo acompanhou exames médicos e ele já estava ajustado. Eu não fiz um anúncio, apenas falei: ‘Vim com o jogador’. Contei a verdade, me viram, tiraram fotos com ele e comigo. No caso do Oscar: eu cheguei para encontrá-lo em Ourinhos e estávamos com a mesma roupa sem combinar. Brinquei que era uma coincidência”, justificou.
“Já fiz um pré-levantamento: tanto no caso do Oscar quanto no caso do Enzo, o engajamento e exposição foram bem maiores porque estávamos falando muito mais disso. Falamos do meu post, agora do anúncio, depois da coletiva. Se você somar… Não fiz nada diferente. Zubeldía foi assistir o jogo comigo em Goiânia, e eu postei no avião”, completou.
“Sou um cara de negócios, gosto de fechar e dou a mão para a pessoa. Foi assim com Dorival, Oscar, Lucas, todos. Quando você não tem contrato assinado e uma concorrência muito grande, você pode se surpreender no dia seguinte. Então, eu, além de apertar a mão, às vezes posto porque existe um comprometimento. Claro que são pessoas sérias. Quando contratamos o Dorival, saí da casa dele e, em 15 minutos, o Corinthians ligou para contratá-lo. O Dorival disse que já tinha dado a mão para mim. Faço isso também como estratégia de negócio”, concluiu.
Fonte: ESPN
