Zubeldía explica Lucas e Oscar no banco em clássico e valoriza atuação do São Paulo: “Satisfeito”

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Tricolor começou duelo contra o Palmeiras sem estrelas em campo, não sofreu muito e deixou Allianz Parque com empate que valeu classificação ao mata-mata do Paulista

O técnico Luis Zubeldía gostou da atuação do São Paulo no empate por 0 a 0 com o Palmeiras, neste domingo, no Allianz Parque, que garantiu classificação do time ao mata-mata do Campeonato Paulista.

Em entrevista coletiva, Zubeldía explicou sua estratégia para o clássico e justificou as ausências de Lucas Moura e Oscar no time titular – eles entraram apenas no segundo tempo. Depois de usar força máxima no jogo contra o Velo Clube, em Brasília, o técnico preferiu seguir sua “planificação” e dosar as cargas de seus principais jogadores.

– Tivemos coragem de sacar dois jogadores importantes por uma questão de planificação de cargas, assim como em outros momentos saíram Calleri, Luciano, alguns dos outros jogadores. Priorizamos a planificação. E como falo sempre: quando planifico, posso correr para um lado ou para o outro dentro da planificação. Mas nesse caso, com dois jogadores que jogaram 90 minutos nos dois últimos jogos em Brasília… O Oscar teve um pouco de dor. No caso do Lucas, que é um jogador explosivo, vindo de dois jogos seguidos, parecia incorreto, pela carga de minutos colocá-lo hoje.

– Seguindo a planificação, vamos dando organização, vendo características dos jogadores. não temos um ponta como o Ferreira, que tem um problema físico. Adaptamos um pouco o que temos. São três pilares: competir, buscar a estratégia e que os jogadores se preparem da melhor maneira. Seguimos a planificação – contou Zubeldía.

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Em campo, as mudanças surtiram efeito. Com três zagueiros, um meio-campo reforçado e apenas Calleri e André Silva no ataque, o Tricolor sofreu pouco e deixou o Allianz Parque com aquilo que lhe interessava: um empate que valeu classificação às quartas de final do Paulistão.

– Às vezes quando monta o time dessa maneira a equipe rival vai encontrando algumas brechas na estruturação. Acredito que a partir do minuto 15, 20, 25 eles começaram a encontrar alguns espaços. Acredito que no primeiro tempo nossa equipe controlou quase sempre. Se teve alguma dúvida foi mais por perda de bola nossa.

– Na segunda parte, à medida que passaram os minutos, foram tendo mais ataques, nos comprometeram mais e não pudemos contragolpear, salvo uma vez. Mas não estavam tão cômodos. Considero que foi correto (o plano de jogo), com algumas coisas a a melhorar. Não mais que isso. Estou satisfeito, mas temos de seguir trabalhando por tudo o que tem por vir – resumiu o técnico.

Já classificado, o São Paulo volta a campo na próxima quarta-feira para enfrentar a Ponte Preta, às 21h35 (de Brasília), no Morumbis, pela 11ª do Campeonato Paulista.

Veja outras respostas de Luis Zubeldía na entrevista coletiva:

Mudanças no time

– Tivemos que trocar e às vezes saem alguns jogadores que não tem o mesmo perfil. Muda um pouco o perfil do jogador, as características, mas pelo contexto, entendendo a importância do jogo, jogar como visitante contra o Palmeiras, o gramado, tomamos a decisão de jogar assim. Tentando fazer um time de muita concentração, sobretudo tínhamos de estar preparados para os cruzamentos, a bola parada, porque o Palmeiras faz isso muito bem. Acredito que até o minuto 10, 15 do segundo time, a equipe foi controlando, depois nos envolveram um pouco mais e criaram algumas chances. Tivemos a do Lucas, que foi clara. Mas o ponto serve. Porque, se não me equivoco, já estamos classificados. Agora, restam duas rodadas para jogar as quartas de final. É seguir trabalhando e nada mais.

Jogadores poupados

– Há coisas que são internas, minhas e dos jogadores, e tomo as decisões em benefício de todo o grupo. Entendo. Eu queria ganhar o clássico, com certeza. Mais que todos, porque o questionamento vem a mim, não? Mas estava assim a planificação e não posso mudar isso, porque depois pode acontecer qualquer coisa em qualquer partida, mas se eu tenho a planificação e temos que dosar cargas, acontece isso. O mais importante é que hoje ninguém terminou lesionado, competimos até certo momento de segundo tempo bem, depois nos custou muito. Mas ao final desse período de preparação, de competência, terminaram todo bem, somamos um ponto, classificamos e nos preparamos para o que vem.

Evolução no Paulistão

– Temos que melhorar. Acredito que temos que melhorar, que é uma etapa muito difícil esta. Se ganha uma partida e não joga bem, bem, não é reconhecido. Se empata com uma equipe que não é de sua categoria, não fica contente. Então, acredito que temos de seguir melhorando e que o Paulista sempre foi difícil por tudo o que vale o Paulista. Times de terceira divisão, quarta divisão, segunda divisão, que por aí ficam. Jogam três meses, competem muito e depois se vão. É muito complicado o Paulista. Contextualmente, muito complicado.

– Estar classificado agora é o que deveria acontecer. Não é nem para ficar supercontente nem para estar amargado. É o que tínhamos de fazer. Classificar o São Paulo de maneira tranquila para a fase seguinte. O que devíamos fazer era classificar em primeiro, mas entendo que não é fácil jogar bem a essa altura. Entendo que todos os jogos são difíceis, que há problemas quando não se ganha, ou críticas. O Paulista é assim, já haviam me falado.

Fonte: Globo Esporte