Treinador do São Paulo diz ser um defensor do VAR, mas questiona o mau uso da tecnologia
O técnico Luis Zubeldía deixou o Allianz Parque com a sensação de que o São Paulo foi injustamente eliminado pelo Palmeiras, na derrota por 1 a 0, nesta segunda. Em sua entrevista coletiva, o treinador questionou o suposto mau uso do VAR na confirmação do pênalti de Arboleda em Vitor Roque.
– O que aconteceu hoje não pode acontecer mais. O árbitro pode errar, como errou, mas não pode errar o VAR e não chamá-lo. Estamos em 2025, com gente supostamente preparada para analisar este tipo de situação. Sou um defensor do VAR. Por isso estou frustrado esta noite, porque os profissionais que cuidaram do VAR nem falaram com o árbitro, que quando apita o pênalti estava a 30 metros.
– Atrapalha o trabalho dos jogadores, dos dirigentes, de todos, do estafe, por uma ação que hoje em dia não pode passar. Isso acontecia antes, quando não havia tecnologia. O que aconteceu hoje, nesse jogo, com essa ação pontual, foi uma vergonha. Atrapalha todo o espetáculo, principalmente para nós, que saímos golpeados com uma injustiça que todos viram.
O treinador considerou que sua equipe fez um jogo parelho com o Palmeiras e que disputou palmo a palmo a classificação.
– Começamos bem, tendo postura. A ideia era ter postura e depois encontrar espaço. Estamos enfrentando um time forte defensivamente, que tem jogadores importantes. Creio que poderíamos ter criado mais nos últimos minutos, mas de maneira geral, apesar de não termos tido muitas situações claras, me parece que fizemos um bom trabalho.
Ele elogiou a equipe, ainda que tenha admitido necessidade de melhora:
– O que digo é que o time está bem, tenta se impor em todos os jogos. Claro, com coisas a melhorar. E essa profundidade vamos melhorando com o decorrer dos jogos. Hoje, contra um rival difícil, sempre tivemos na partida. Eles também não tiveram situações. Sabíamos que seria um jogo muito parelho, travado e quem tivesse a oportunidade teria que aproveitar – disse Zubeldía.
A grande novidade do jogo foi a escalação de Oscar como segundo volante. A atuação foi aprovada pelo treinador.
– Me parecia importante que Oscar participasse da construção. Teve mais contato com a bola estando alguns metros mais atrás. Se tivesse mais avançado, seria mais complicado. Ele e Alisson jogaram muito bem. Trabalharam a bola sempre, por isso conseguimos ficar com a bola.
Veja mais trechos da coletiva:
Mais críticas ao árbitro
– O que mais dá bronca é que surge o VAR para não ter esse tipo de ação. Trabalhamos na semana, vocês sabem o que acontecem. Estávamos muito focados para chegar à final. Jogar aqui não é fácil… Isso está acima do futebol. Eles não entendiam o que havia acontecido. Dá para ver na linguagem corporal dos jogadores deles. Só por esse fato a arbitragem foi muito mal. A quantidade de falta que fizeram no Lucas, não deixaram correr. Estêvão estava fora, lesionado e se jogou em campo depois (para parar o jogo). Era amarelo e expulsão. O árbitro foi muito mal.
Saída de Lucas no final
– Lucas me pediu para sair. Não sei bem qual é o problema que tive, mas poderia pôr um volante mais. Mas se ponho, ia ficar a questão do por que não coloquei um atacante.
Cédric titular
– Se está jogando é porque eu gostei. A ação vale mais que mil palavras no caso do Cédric.
Grama sintética
– Não é cômodo controlar, tirar tabela, no campo deles. Sabemos o que acontece. Não é um gramado cômodo, mas hoje a diferença foi pequena nisso. Competimos bem, fomos parelhos, manejamos mais a bola. Chutaram um pouco mais ,porque têm essa característica do chute. Nós não temos essa característica. Temos de assimilar a derrota e seguir trabalhando.
Fonte: Globo Esporte
