Zubeldía explica saída de Ferreira e lamenta empate sofrido pelo São Paulo: “15 minutos ruins”

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Treinador diz que atacante corria riscos de se lesionar se continuasse em campo contra o Alianza Lima e justifica queda de rendimento no segundo tempo de partida da Libertadores

O técnico Luis Zubeldía explicou por que tirou de campo o atacante Ferreira, autor dos dois gols do São Paulo, no segundo tempo do empate em 2 a 2 com o Alianza Lima, nesta quinta-feira, no Morumbis, pela segunda rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores.

Em entrevista coletiva, Zubeldía lamentou a queda de rendimento tricolor depois do intervalo da partida no Morumbis. O São Paulo abriu 2 a 0, mas sofreu o empate e deixou o gramado sob vaias dos torcedores.

– O Ferreira, pelo desgaste que teve e conhecendo ele, se deixo mais tempo ele se lesiona muscularmente. Você sabe a quantidade de lesionados. Queria mais lesionados? Está cansado. Cada vez que deixo mais tempo que o normal, tem lesões musculares e fica fora 30 dias. Lucas está lesionado, Oscar, Luiz Gustavo, Pablo Maia…

– Saiu Ferreira, entrou Wendell. Claro que não saiu bem a mudança, mas não posso permitir que lesione. Tenho poucos extremos. Por que coloquei Wendell? É a alternativa pela esquerda. Ou o André. Não tenho outro nome de experiência. (…) Libertadores é assim, 15 minutos ruins estragam a partida. Fizemos um bom jogo com os dois Ferreiras, mas 15 minutos ruins te custam a vitória – disse Zubeldía.

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O treinador assumiu a responsabilidade pela queda de rendimento do São Paulo com a saída de Ferreira, mas lamentou a falta de opções para o setor.

– Tinha de entrar outro e cumprir. Não passa por sacar o Ferreira. A decisão de acomodar o Wendell ali que não foi boa. Foi minha. Não foi pela saída do Ferreira. Se não posso tirar um extremo ao minuto 20, algo não está bem. Tenho dois lesionados. Claro que influenciou a mudança, a decisão não foi a ideal. Não por tirar o Ferreira, mas poderia ter buscado outra opção – disse.

Zubeldía também explicou a queda de rendimento do São Paulo no segundo tempo. O técnico justificou a mudança de ritmo por questão física.

– Não podemos suportar o ritmo do primeiro tempo. Vão cansando. Fomos verticais. Para sustentar tinha de substituir com as mesmas características. Nos primeiros 10, 15 minutos (do segundo tempo), fomos bem. Para fazer um segundo tempo igual ao primeiro, você necessita ter as mesmas características. Se não, muda. Tínhamos de ter convertido algum gol a mais. Tivemos muitas situações, mas não aconteceu – completou.

Pressionado novamente, o São Paulo volta a campo no próximo domingo para enfrentar o Cruzeiro, às 17h30 (de Brasília), no Morumbis, pela terceira rodada do Brasileirão.

Fonte: Globo Esporte