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Tricolor deslancha no terceiro quarto, supera uruguaios do Biguá na final e conquista pela primeira vez o título continental.
O São Paulo conquistou o título da Champions League das Américas de basquete neste sábado. Na Arena Carioca, no Rio de Janeiro, o Tricolor bateu na final o time uruguaio do Biguá por 98 a 84 para fechar o torneio invicto. Pela primeira vez, os são-paulinos levantaram a taça continental e ainda carimbaram a vaga na Copa Intercontinental de 20.
São Paulo comemora o título da Champions League Américas — Foto: Reprodução/SPFCBasquetebol
Bruno Caboclo puxou o triunfo tricolor na final, com 29 pontos, o cestinha e o MVP da final. As bolas de três pontos de Marquinhos, Bennett e Elinho também fizeram a diferença para o São Paulo deslanchar no terceiro quarto – 27 a 13 na parcial. Apesar de um susto no último quarto, o Tricolor foi campeão com a maior vantagem em uma final de Champions League das Américas – 14 pontos.
Bruno Caboclo no jogo entre São Paulo e Biguá — Foto: BCL Américas
Campeão invicto
Foram nove jogos e nove vitórias do São Paulo na competição, passando por Real Estelí nas quartas de final – o time da Nicarágua foi vice em 2021 – e pelo Minas na semi. Quarto colocado no ano passado, o Tricolor entrou para o pódio já com o título.
São Paulo comemora título da Champions League das Américas no basquete — Foto: Divulgação/SPFCBasquetebol
Agora o São Paulo é o segundo time brasileiro campeão da Champions League das Américas – o Flamengo faturou o título de 2021. Também foram campeões continentais Bauru, Brasília e Pinheiros quando a competição ainda se chamava Liga das Américas.
Os times
São Paulo: Marquinhos, Bruno Caboclo, Tyrone, Elinho e Bennett.
Entraram: Lucas Bebê, Shamell, Isaac Rafael e Henrique Coelho.
Técnico: Bruno Mortari
São Paulo é campeão da Champions League das Américas — Foto: BCL Americas
Biguá: Donald Sims, Santiago Vidal, Luis Santos, Victor Rudd e Iván Pérez.
Entraram: Alex Suberbie, Hernan Plaz, Nicolas Andreoli, Manuel Xifre, Diego Garcia e Martin Rojas
Técnico: Diego Gutierrez
A final
Primeiro período – São Paulo 30 a 26: o Biguá começou melhor a partida embalado por Santiago Vidal, que anotou oito pontos e fez três assistências no primeiro quarto. Depois de estar oito pontos atrás (18 a 10), o São Paulo aos poucos foi arrumando a defesa e arrancou a virada com Caboclo, Bennet e as bolas de três pontos de Elinho (25 a 24). Marquinhos cresceu no minuto final e garantiu a liderança do placar para o Tricolor.
Segundo período – São Paulo 27 a 21: os uruguaios sofreram um apagão e demoraram pouco mais de três minutos para pontuar no segundo quarto. O São Paulo aproveitou para abrir 13 pontos de vantagem (39 a 26). O Biguá se recuperou e ameaçou uma virada sob o comando d Vidal e de Donald Sims, maior pontuador do torneio. Só que o Tricolor estava com a mira calibrada nas bolas de três pontos, especialmente com Elinho e Bennet: 57 a 47.
Marquinhos no jogo entre São Paulo e Biguá — Foto: BCL Américas
Terceiro período – São Paulo 27 a 13: o Tricolor deslanchou no terceiro quarto. Caboclo, Tyrone, Marquinhos e Elinho deram um show, especialmente nas bolas de três pontos, para levar a diferença para 20 pontos (72 a 52). O Biguá sentiu o golpe e parecia sem forças para uma reação. Com 84 a 60 no placar, a taça continental estava muito perto do São Paulo.
Quarto período – Biguá 24 a 14: a proximidade do título mexeu com o São Paulo, que passou a errar muito e viu os uruguaios reagirem. A diferença chegou a cair para 12 pontos, mas duas bolas de três pontos (Marquinhos e Caboclo) deram a calma que o Tricolor precisava para segurar o resultado. Deu até para no último minuto colocar em quadra Shamell, um dos principais jogadores são-paulinos, que estava lesionado. Àquela altura a arquibancada já gritava: “É campeão!” São Paulo 98 a 84.
Bruno Caboclo no jogo entre São Paulo e Biguá — Foto: BCL Américas
Minas conquista o bronze
Depois de ter perdido para o São Paulo na semifinal, o Minas se recuperou do tropeço para conseguir um lugar no pódio. Neste sábado, o time de Belo Horizonte venceu o argentino Quimsa por 91 a 81 na disputa pelo terceiro lugar. Assim, o Minas repetiu a colocação da Champions League das Américas de 2021.
O Quimsa dominou quase todo o primeiro tempo, mas o Minas reagiu e ainda foi ao intervalo em vantagem e não saiu mais da liderança do placar. Gui Deodato foi o destaque do Minas, com 24 pontos e nove rebotes. O cestinha da partida, porém, foi Reyshawm James Terry, do Quimsa, com 25 pontos.
Gui Deodato no jogo entre Minas e Quimsa — Foto: BCL Americas
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