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Eder Traskini
Um dos laços mais fortes que pode existir, a ligação entre pai e filho está presente no São Paulo. O zagueiro Miranda, que enfileirou conquistas pelo profissional, é pai de João Vitor, defensor que atua no sub-17 do Tricolor. No entanto, Miranda não quer ser mais do que um exemplo para o filho: o sucesso precisa vir do próprio João Vitor. O ídolo Tricolor tem por princípio interferir pouco ou nada na carreira do filho. Miranda quer que João Vitor evolua e conquiste seu espaço no futebol por si próprio e não por ser filho de quem é. Os dois treinaram juntos uma vez no profissional, mas, no dia a dia, praticamente não se veem, já que o CT da base do São Paulo é em Cotia, enquanto o profissional treina na Barra Funda.
João Vitor é canhoto e pode jogar como zagueiro ou lateral. Ele assinou contrato de formação com o São Paulo em abril do ano passado e o vínculo é válido por três anos. A chegada do zagueiro ao Tricolor paulista foi uma das raras intervenções do pai na carreira, ainda que de forma sutil. De volta ao São Paulo e vendo o filho ser pouco utilizado no Coritiba, Miranda perguntou na base Tricolor se João Vitor não poderia fazer um teste. Fontes ouvidas pelo UOL Esporte enfatizaram que não houve pedido de “vaga garantida” na equipe.
Após um período de treino, João Vitor foi aprovado e é mais utilizado no São Paulo como lateral no time sub-16, também compondo elenco na categoria sub-17. Apesar das competições serem apenas sub-15 ou sub-17, o Tricolor possui uma equipe sub-16 para atletas que estão no “primeiro ano” de sub-17. Miranda assiste a alguns jogos do filho e dá dicas com a experiência que tem no futebol e na função defensiva, mas sua interferência para por aí. O zagueiro quer que João Vitor enfrente os obstáculos da vida e vença com trabalho, como o pai fez durante toda a carreira.
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