Eliminação na Copa do Brasil compromete planejamento do São Paulo para 2022; veja números

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GloboEsporte

Time fica mais distante de vaga na Libertadores, torneio tido como fundamental para a diretoria.

Diante da atual crise financeira que o São Paulo enfrenta, os R$ 7,3 milhões da classificação para as semifinais da Copa do Brasil seriam importantes para os cofres do clube. No entanto, a expectativa foi frustrada na noite da última quarta-feira, na eliminação para o Fortaleza.

A derrota por 3 a 1 para a equipe cearense derrubou os planos do São Paulo de arrecadar mais dinheiro com premiações. Por chegar às quartas de final, o Tricolor já havia conquistado R$ 7,8 milhões.

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Segundo a diretoria do clube, 10% das receitas provenientes de premiações de torneios vão para uma espécie de bolsão para o pagamento de dívidas com os jogadores da negociação referente aos atrasados da pandemia.

Jogadores do São Paulo lamentam gol do Fortaleza — Foto: Kid Jr. / SVM

Jogadores do São Paulo lamentam gol do Fortaleza — Foto: Kid Jr. / SVM

A eliminação na Copa do Brasil também deixou mais distante o objetivo de conquistar uma vaga na Libertadores do ano que vem, torneio que é considerado fundamental para o planejamento do clube.

O São Paulo agora terá que buscar a classificação no Brasileiro, em que faz má campanha e briga contra o rebaixamento.

É um resultado que deve gerar impacto importante para a estratégia tricolor para 2022.

– A (vaga na) Libertadores é fundamental para o nosso planejamento da próxima temporada. Vamos fazer esforço para buscar. Mas é importante ter noção da situação em que estamos: primeiro time fora da zona de rebaixamento. Objetivo inicial é nos afastar da zona de rebaixamento – disse o diretor de futebol Carlos Belmonte.

A diretoria contava com uma arrecadação maior em 2021 para tentar equilibrar as contas – a dívida do São Paulo alcança R$ 600 milhões – e poder ampliar investimentos na temporada seguinte.

Parte disso já está comprometido. Sem dinheiro, o São Paulo fez contratações neste ano em que os acordos preveem pagamentos de direitos econômicos a partir de 2022, como é o caso de Rigoni, além de Benítez, cujo empréstimo termina em dezembro, mas há um valor fixado caso a diretoria decida pela contratação definitiva do atleta a partir do mês seguinte.

Ao menos um acerto importante está prestes a ser concretizado, o da rescisão de Daniel Alves. O jogador e o clube apalavraram os termos deste acordo, que deve ser sacramentado nesta quinta.

O lateral, que recebe o equivalente a R$ 1,5 milhão por mês e tem mais de R$ 18 milhões atrasados a receber, topou encerrar o vínculo em um acordo que prevê o pagamento da dívida em dezenas de parcelas a partir do ano que vem.

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