GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
São Paulo e Pablo compartilham o desejo de rescindir o contrato que possuem. Entretanto, uma dívida retroativa que o Tricolor tem com o atacante vem sendo o grande entrave para que o acordo seja concluído.
Pablo já aceitou abrir mão de tudo o que tem a receber até o fim de seu contrato, que termina no fim de 2023. A decisão do jogador beneficia o São Paulo, já que em outros acordos de rescisão o clube teve de pagar ao menos parte do que atletas como Daniel Alves e Hernanes teriam a receber até o vencimento de seus respectivos vínculos.
Mas, a diretoria tricolor não pretende facilitar a saída de Pablo e exige que o jogador, além de abrir mão do que tem direito a receber até o fim de 2023, também ignore a dívida retroativa que inclui direitos de imagem e o corte de salários realizado no início da pandemia, em 2020.
A dívida retroativa do São Paulo gira em torno de R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões. Pablo acredita que é justo abrir mão do que tem a receber até o fim de seu contrato, já que não estará em campo defendendo o clube, mas o pagamento dos débitos passados, referentes ao período em que foi utilizado, é inegociável.
O jogo duro do São Paulo tem motivo. Em 2018, o clube pagou R$ 26 milhões para tirar o atacante do Athletico-PR. Foi a contratação mais cara da história tricolor. Por isso, ceder Pablo ao Furacão, de graça, seria se conformar com mais um enorme rombo financeiro, assinando um atestado de incompetência, ainda que a nova gestão não tenha qualquer ligação com a compra do camisa 9.
Enquanto isso, a negociação se arrasta, e Pablo treina separado do elenco, assim como Vitor Bueno, outro atleta que negocia a rescisão de seu contrato. O São Paulo tenta vencer pelo cansaço, mas fato é que as tratativas podem estar longe de uma conclusão.
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