Sócios reprovam reforma estatutária do São Paulo que previa reeleição presidencial

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GazetaEsportiva

Marcelo Baseggio 

Os sócios do São Paulo reprovaram neste domingo a reforma estatutária proposta pelo Conselho Deliberativo. Em Assembleia Extraordinária, os associados tricolores puderam votar presencialmente ou de forma eletrônica para decidir sobre o futuro da política do clube, indo contra às mudanças apresentadas.

Foram contabilizados 1329 votos na Assembleia Extraordinária, sendo 818 votos contrários à reforma e 506 votos a favor. Também foram contabilizadas cinco abstenções.

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Entre as modificações previstas na reforma estatutária estavam a possibilidade de reeleição presidencial, já valendo para o mandato atual de Julio Casares, ampliação do mandato dos conselheiros para seis anos, além da redução do quadro de conselheiros vitalícios e do Deliberativo.

Atualmente o Conselho Deliberativo do São Paulo é composto por 260 cadeiras. Com a aprovação da reforma, esse número cairia para 200. Há outros 160 conselheiros vitalícios, que passariam a ser 120 de acordo com a proposta apresentada.

A oposição interpreta a reforma estatutária como uma forma de o grupo atual se perpetuar no poder. Ela também questiona o fato de a Assembleia permitir votos manual e eletrônico, o que, segundo os opositores, vai contra o estatuto, conforme previsto nos artigos 39 e 49, que diz que uma votação deve ser realizada de maneira manual ou eletrônica.

Nas últimas semanas a situação vinha trabalhando arduamente nas dependências sociais do Morumbi para convencer os associados a votarem a favor da reforma estatutária. O grupo que está no poder crê que, se fosse para votação apenas a possibilidade de reeleição presidencial, ela seria aprovada. Já nas redes sociais, grande parte da torcida, que não tem qualquer ligação com o Social, protagonizou campanhas que se opunham à reforma estatutária e comemorou bastante o resultado da Assembleia deste domingo.

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