Venda de Antony pelo Ajax evitou que São Paulo negociasse três revelações em 2022

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Clube recebeu cerca de R$ 100 milhões quando atacante se transferiu para o Manchester United

A venda do atacante Antony, que deixou o holandês Ajax para se transferir para o inglês Manchester United em 2022, evitou que o São Paulo se visse obrigado a vender três de seus jogadores mais valorizados no ano passado.

O clube do Morumbi teve direito a cerca de R$ 100 milhões pelo negócio de Antony, já que o acordo com o Ajax previa ao Tricolor uma fatia do lucro que os holandeses alcançariam quando vendessem o atacante, formado em Cotia.

Nesse cenário, a diretoria entendeu que não precisaria negociar o lateral-esquerdo Welington e os volantes Pablo Maia e Rodrigo Nestor.

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– Quando tivemos propostas para Welington, Pablo e Nestor, seguramos porque estávamos aguardando a receita do Antony; se não, venderia os três, não tinha jeito – disse ao ge o presidente Julio Casares.

Todos os três são formados no São Paulo e têm sido titulares frequentes do técnico Rogério Ceni.

Nestor já teve propostas do Dínamo de Kiev, enquanto o Botafogo chegou a sondar o São Paulo com a intenção de oferecer R$ 26 milhões por ele. Pablo Maia foi procurado pelo Fulham, da Inglaterra, e Welington já esteve na mira do Bayer Leverkusen e, mais recentemente, do Besikitas, da Turquia.

Antony foi vendido no meio do ano passado. Os R$ 100 milhões representam quase a metade de tudo o que o São Paulo arrecadou com direitos econômicos em 2022, R$ 228,6 milhões. O valor foi importante para que o clube registrasse superávit de R$ 37 milhões no ano passado, fechando no azul pela primeira vez em três anos.

Assim como no caso de Antony, o São Paulo tem monitorado o mercado estrangeiro para vislumbrar receitas possíveis com jogadores de quem mantém direitos econômicos.

Três nomes estão no topo dessa lista tricolor: o zagueiro Morato, do Benfica, e o meia Gabriel Sara, que está no Norwich, da Inglaterra, e o atacante Brenner, do Cincinnati, dos EUA.

– Se o Brenner for negociado, vamos ter percentual. O Gabriel Sara, vamos ter percentual. Quando sinto que numa janela o Sara pode me dar uma receita, talvez não tanto quanto o Antony, eu posso negociar menos a venda de um jogador aqui – afirmou Casares.

– Vocês estão vendo o desempenho do Sara, do Morato. Todos esses são jogadores que o São Paulo é sócio, é uma receita institucional – concluiu.

No caso de Brenner, o São Paulo tem direito a 20% do lucro, se houver, quando os americanos venderem o atacante. O time do Morumbi ainda detém 15% dos direitos de Morato e 10% dos de Sara. Além disso, há a indenização por formação desses jogadores.

Globo Esporte