O garoto Lionel Messi da Silva, de dez anos, chegou a gostar mais de Cristiano Ronaldo antes de virar fã de seu homônimo argentino. O novo jogador das categorias de base do São Paulo também fez com que o pai deixasse de ser corintiano.
O que aconteceu
O pai, Eduardo Aparecido da Silva, contou ao UOL que parou de torcer para o rival porque o filho veste a camisa do São Paulo desde os cinco anos. O pequeno Messi, da safra de 2013, começou a breve carreira em uma escolinha licenciada do Tricolor em Paulínia, interior paulista, onde mora com os pais e irmãs.
A identificação criada com o clube fez com que toda a família virasse são-paulina. Eduardo disse que Messi nunca gostou do Corinthians e que sempre torceu para o São Paulo, embora tenha tido uma “quedinha” pelo Flamengo já superada por causa de Gabigol.
O pai comentou que o filho preferia CR7, mas que virou fã do craque da Argentina por estar “sentindo o que é o Messi”. Eduardo ponderou que o menino ainda é uma criança e que “não entende muito”, mas que gosta do ponto em comum entre eles e que agora sonha em conhecer o astro de 35 anos — de ter uma camisa autografada.
O nome de Lionel Messi da Silva faz com que o pai mostre recorrentemente o RG do filho. “Pessoal pergunta: ‘Posso ver a identidade?’. Tenho que pegar o documento dele. Ninguém acredita, mas é o nome verdadeiro dele”, relatou.
Eduardo descarta que o filho possa vir a sentir o “peso” de se chamar Messi. “Ele não sente pressão nenhuma. Acreditamos que não vai pesar porque ele já joga desde já em alto nível”, destacou o pai.
Imagina ser corintiano, aí o teu filho veste a camisa do São Paulo desde os 5 anos. Ele cresce ali. Não tem como torcer para o Corinthians mais, vira são-paulino, cria aquela raiz.” Eduardo Aparecido da Silva, pai de Lionel Messi da Silva
Da ‘surpresa’ na certidão ao susto da mãe
Eduardo queria dar o nome de um jogador de futebol ao filho e disse à mulher, Josiane Ribeiro de Oliveira, que faria uma “surpresa”. Ele contou que já havia homeageado Silas, ex-jogador do São Paulo, mas que o primeiro filho morreu logo após o nascimento, há cerca de 35 anos.
O pai, então, decidiu que o garoto se chamaria Lionel Messi porque o craque “é fora de série” e também porque completava um outro requisito: ser um nome argentino. “Não gosto do nome ‘Ronaldinho’. Surgiu Messi, ele estava bombando na época e não teve escapatória”, explicou.
Ele afirmou que a esposa se “assustou”, mas que “não esquentou muito a cabeça”. Eduardo ainda acrescentou que hoje ela gosta do nome do filho e que todos na região chamam a criança de Messi.
Josiane, no entanto, revelou que “ficou em pânico” quando descobriu como o marido havia registrado o filho. Ela queria que o menino se chamasse “Pedro Lionel”, mas Eduardo tomou a decisão por conta própria.
“Ele foi lá no cartório sozinho, dentro da maternidade, e colocou Lionel Messi da Silva. Nem colocou meu sobrenome. Chegou rindo, jogou a certidão. Estava deitada na cama, quase pulei nele”, relembrou.
Fiquei em pânico. Nem imaginava que ele ia trilhar esse caminho do futebol. Já me acostumei, mas no começo foi difícil.” Josiane Ribeiro de Oliveira
O garoto Messi assinou seu primeiro vínculo com o São Paulo na semana passada, válido por um ano, mas já treinava em Cotia desde fevereiro de 2022. Meia-atacante, ele estava sendo monitorado e vinha treinando nas categorias de base do Tricolor.
Ele também joga pelo futsal do clube social do São Paulo — além de atuar pela escolinha licenciada do clube em sua cidade. O pai contou que o plano é que o menino continue conciliando as modalidades até os 13 anos, a partir de quando deve se dedicar exclusivamente ao futebol de campo.
O menino de 10 anos treina seis dias por semana e concilia o esporte com a escola. Embora seja da área da construção civil, Eduardo atualmente tem como ocupação principal cuidar da carreira do filho. Ele alegou que gasta cerca de R$ 5 mil por mês juntando o trajeto Campinas-São Paulo e alimentação.
Antes de chegar no São Paulo, Messi atuou na capital pelo Juventus e chegou a fazer alguns treinos no Corinthians, segundo o pai. “Sempre acreditei, sempre incentivei. Levei ele para São Paulo para ver se era bom mesmo”, complementou.
“Ele é impressionante, para mim não foi muita surpresa [quando foi aprovado no clube]”, concluiu Eduardo. Lionel Messi deve estrear pelo sub-10 do São Paulo na IberCup, que tem previsão para ser disputada em julho.
UOL