Contestados, atacantes terão a reta final do Brasileiro para convencerem técnico e direção
Dorival Júnior indicou que continuará dando oportunidades a David e Erison no São Paulo nesta reta final de temporada. Ambos têm contrato só até dezembro e tiveram desempenho ruim neste ano, prejudicados por lesões.
O treinador quer reunir mais elementos para definir se pedirá a permanência de algum deles para 2024 – o clube entende que precisará de um centroavante para a reserva de Calleri, e já ter essa opção no elenco seria melhor do que ir ao mercado em dezembro e janeiro.
– Temos que ter uma definição em relação ao Erison e ao David, e eu quero vê-los um pouco mais em campo, senão vou fazer uma avaliação totalmente errada de dois profissionais que merecem muita atenção, até porque tiveram lesões muito sérias, fizeram um esforço muito grande para voltar e estão sendo importantes para nós – disse Dorival após a vitória sobre o Cruzeiro, na quinta-feira.
– Enquanto eles estiverem aqui, terão a oportunidade de que precisam para poderem atingir novamente as suas melhores condições – completou o treinador.
David, de 28 anos, foi quem mais jogou: foram 34 partidas no ano e cinco gols – o último, contra o Santos, em julho. Erison, de 24, teve problemas de saúde mais sérios e só entrou em campo 13 vezes, com dois marcados – ambos no mesmo jogo, contra o Tigre, em junho.
A avaliação técnica de Dorival será importante para a decisão da diretoria, mas há também a discussão sobre o investimento necessário para mantê-los, se esse for o caso.
Os dois atacantes estão emprestados com contratos que preveem a compra de seus direitos com valores fixados. As cifras são altas.
David ainda tem vínculo com o Internacional, que definiu o valor de 4 milhões de euros (R$ 21 milhões) para que o São Paulo fique com o atacante.
A cláusula de compra de Erison tem valor menor, de 2 milhões de euros (cerca de R$ 10,5 milhões).
Por ora, considerados o desempenho e os valores envolvidos nas negociações de Erison e David, há poucos defensores da permanência dos jogadores no Morumbi. Faltam sete jogos para que eles mudem essa percepção.
Globo Esporte