Igor Felisberto, de 16 anos, foi descoberto em outra posição no futsal, esteve no Criciúma e passou em teste no São Paulo em 2018; nesta terça, ele enfrenta o Novorizontino
Quase 22 anos separam o nascimento de Rafinha, capitão e dono da lateral direita do profissional do São Paulo, de Igor Felisberto, camisa 2 e caçula do sub-20 do Tricolor na Copa São Paulo, torneio em que joga nesta terça-feira, às 20h (de Brasília), em Araraquara, contra o Novorizontino, pelas oitavas de final.
Nascido em março de 2007, Igor é o jogador mais jovem do elenco são-paulino comandado pelo técnico Menta. Natural de Içara, em Santa Catarina, o garoto de 16 anos chega à sua primeira Copinha numa posição bem diferente da que começou no futebol. Até os nove anos, era goleiro de futsal.
Autor de um dos gols do São Paulo na vitória por 5 a 1 contra o Porto Vitória-ES, ele virou jogador de linha aos 10 anos, quando iniciou a transição das quadras para o campo na base do Criciúma.
Mas foi jogando por um time de futsal chamado FUBE, em Joinville, que o garoto chamou a atenção de um olheiro do São Paulo ao marcar cinco gols numa partida.
Chamado para avaliação no CFA de Cotia, foi aprovado em 2018, aos dez anos, mas para um período de monitoramento. Assim, entre os 11 e os 13 ainda retornava para Criciúma, disputando torneios pelas duas equipes. Aos 14, então, passou a se alojar no São Paulo, passando a sempre jogar em categorias acima: no sub-17 a partir dos 15 anos e, neste ano, no sub-20 ainda tendo 16 anos.
– Alojar no São Paulo foi o dia mais difícil da minha vida. Deixar minha família para ficar sozinho, sem ter certeza de nada – recorda-se.
Inscrito no Brasileirão Sub-17 com 15 anos e titular da categoria durante a temporada inteira de 2023, aos 16, Igor Felisberto parece não sentir a diferença de idade quando entra em campo pelo São Paulo. Fã de Rafinha de do português João Cancelo, do Barcelona, ele sonha alto na carreira que se inicia:
– Meu primeiro sonho é me tornar jogador profissional pelo São Paulo. Depois, quero conquistar um título pelo clube, jogando. E obviamente depois jogar na Europa, jogar na seleção brasileira, disputar a Champions League, a Copa do Mundo e ajudar a minha família – disse, listando muitos objetivos.
Com contrato profissional desde o ano passado, com vínculo válido até 7 de março de 2026, o garoto tem multa estipulada em R$ 337 milhões para clubes de fora do Brasil.
Globo Esporte