São Paulo apresenta projeto de fundo para quitar dívidas bancárias em até cinco anos

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Ideia agora será discutida pelo Conselho de Administração, com um parecer do Comitê Financeiro

A diretoria do São Paulo apresentou, nesta segunda-feira, para o Comitê Financeiro do clube o projeto para criação de um fundo de investimento para quitar as dívidas financeiras do Tricolor em até cinco anos. Hoje, esses valores giram em torno de R$ 250 milhões.

Os detalhes do projeto foram apresentados para os membros deste Comitê Financeiro. Agora, será elaborado um parecer, com a ata da reunião, para que o tema seja debatido pelo Conselho de Administração do São Paulo no dia 17, na véspera da viagem do dirigente para os Estados Unidos, onde Casares será chefe de delegação da seleção brasileira na Copa América.

A ideia é usar os R$ 250 milhões desse fundo para quitar as dívidas, que atrapalham o fluxo de caixa do clube, possuem altos juros e vencimento próximo. Assim, de acordo com a proposta analisada pela diretoria e discutida no Conselho nesta segunda, o São Paulo reduziria pela metade o que gasta por mês em média só para pagar bancos – o valor passaria a ser dedicado ao fundo.

A intenção é fazer um alongamento das dívidas bancárias, que, hoje, estão atreladas ao fim da gestão do presidente Julio Casares – em dezembro de 2026. Com o fundo, o São Paulo teria mais tempo (cinco anos) para chegar aos R$ 250 milhões que seriam injetados por investidores. Por isso, gastaria menos mensalmente.

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O dinheiro do fundo será liberado periodicamente ao Tricolor, de acordo com as demandas do clube, com a apresentação de garantias financeiras, como direitos de transmissões e premiações por participações em campeonatos.

– Estávamos guardando a reestruturação da dívida, que vai ser importante para o próximo pilar do São Paulo, para o São Paulo em quatro, cinco anos, ter sua dívida equacionada. E a gente tire o juros que corrói a nossa produção comercial, econômica, de gestão do dia a dia – disse o presidente Julio Casares nesta segunda-feira.

Na visão do São Paulo, manter as dívidas como estão atualmente atrapalha o fluxo de caixa do clube porque os gastos mensais com bancos são muito altos. O Tricolor também entende que dificilmente conseguiria zerar essa conta de outra maneira.

Se sair do papel, o fundo vai dar ao São Paulo algumas obrigações. O Tricolor terá de manter seus gastos num padrão que será estabelecido e terá o acompanhamento de uma consultoria externa, que deve ser a KPMG.

Globo Esporte