Além das 4 linhas – Rebeldia

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Eu nunca gostei de indisciplina e ela deve ser sempre combatida por razões óbvias. A segunda partida contra o Goiás acabou mostrando alguns fatos que poderiam ter sido evitados por um time que estava com a partida na mão. O adversário estava nervoso e conseguiu alguns objetivos que o SPFC infantilmente cedeu.

Numa entrevista recente o Zubeldia disse que não queria mudar o Luciano, que queria a forma como o Luciano sabe ser. Eu fiquei com isso na cabeça e, mesmo não sendo da área da psicologia, pensei que evoluir é uma coisa desejável e alcançável por quase todos os seres humanos. Precisa tomar cartão estando até no banco de reservas? Isso vale para o Luciano. Um treinador precisa bater recorde de cartões amarelos e vermelhos? A questão é quanto isso interfere no comportamento dos jogadores.

Quanto mais tensa fica uma pessoa, pior funciona a cabeça dela. A cabeça não funcionando perfeitamente o rendimento profissional é prejudicado. Além disso, quanto mais cartões os jogadores tomarem, menos estarão disponíveis para jogar. Alan Franco tem sido uma peça importante e por uma ação não pensada não estará em campo na próxima e muito importante partida dentro da copa do brasil. É um prejuízo. Aliás, Zubeldia também não estará na próxima partida da copa do brasil.

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Isso posto, penso que estamos diante de uma situação que a direção do clube deve agir internamente e sem alarde. Muitos estão falando que nosso treinador já está nas listas de rebeldes dos árbitros brasileiros. Isso é péssimo, pois toda vez que alguém do time ou do banco é expulso, uma situação de nervosismo geral é criada, e se uma pessoa tensa rende menos, estamos diante de assunto da mais alta importância. É muito frequente ouvirmos que hoje o futebol é decidido nos detalhes. Penso que o estado psicológico de um ser humano é mais do que um detalhe.

Espero ver melhorias neste campo também.

Salve o tricolor paulista, o clube da fé.

Carlito Sampaio Góes